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Manteiga e margarina podem não ser vilãs do coração

Redação Bonde
12 mar 2010 às 12:09

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- Reprodução
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Um estudo recente da Universidade de São Paulo, realizado com pacientes de síndrome metabólica (doença que aumenta em até cinco vezes as chances de ataques cardíacos e derrames), sugere que o consumo moderado de manteiga ou margarina não aumenta o risco de se desenvolver doenças cardiovasculares. Até então, os médicos impunham pesadas restrições para os pacientes dessas doenças com relação ao consumo de margarina e manteiga.

Para chegar aos resultados, os 66 voluntários que participaram do estudo tiveram que deixar de consumir manteiga ou margarina da forma como faziam. Eles foram então divididos em quatro grupos e passaram a consumir todos os dias as quantidades recomendadas pelos pesquisadores. Um dos grupos comeu 15 gramas de manteiga por dia, um segundo grupo, 18 g de margarina com gorduras trans, o terceiro grupo ,36 g de margarina sem gorduras trans, e outro, 30 g de margarina com fitoesterol, que reduz a quantidade de colesterol ruim do sangue. Cada uma dessas porções, tanto de manteiga ou margarina traz 12 g de gordura. Para efeito de comparação, uma colher de sopa de margarina cheia pesa 15 g.

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Durante a pesquisa, nenhum dos voluntários mudou sua dieta habitual. Eles disseram ingerir em média 1.500 kcal por dia, com mais gordura saturada e menos fibra que o recomendado.

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Após 35 dias, a quantidade de substâncias que aponta maior o risco de infarto permaneceu igual no sangue dos voluntários, ou seja, a margarina e a manteiga não foram responsáveis pelos aumentos desses níveis prejudiciais. O peso médio dos participantes não variou durante esse período. Além disso, o colesterol ruim, também não apresentou aumento. Entretanto, apenas a margarina com fitoesterol diminuiu os níveis de colesterol ruim do sangue.

A síndrome metabólica apresenta pelo menos três desses sintomas: obesidade, pressão alta, baixos níveis de bom colesterol e altos níveis de glicose e gordura no sangue, atingindo 30% dos brasileiros. (As informações são do Minha Vida, Saúde, Alimentação e Bem-estar).


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