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O que fazer quando a criança não tem vontade de comer?

Sua Saúde - Folha de Londrina
09 mai 2013 às 15:32

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Uma queixa comum nos consultórios pediátricos é a recusa de comer das crianças. A ''fome'' das crianças e adolescentes depende da fase do crescimento em que se encontram. Os lactentes e adolescentes, por terem velocidade de crescimento aumentada, têm grande necessidade de nutrientes e apresentam, em geral, bom apetite. Essa velocidade diminui nas outras fases da vida, diminuindo assim as necessidades calóricas diárias. Por isso, a criança fica satisfeita com menor quantidade de alimentos, de acordo com a sua individualidade.

A alimentação da criança deve ser uma atividade prazerosa, sem repreensões, respeitando o seu apetite, não forçando a ingestão de mais do que ela suporta, ou de provar alimentos que não queira. Não se deve utilizar brinquedos ou TV no horário das refeições e barganhar a sobremesa ou o que a criança gosta em troca de determinados alimentos.

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Em geral, se a criança está crescendo e ganhando peso adequadamente, provavelmente, não há com o que se preocupar. Por isso, a necessidade de um acompanhamento de rotina com o pediatra. O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria estabeleceram, para crianças menores de dois anos, 10 passos para uma alimentação saudável:

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1 - Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás;

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2 - A partir dos 6 meses, introduzir de forma lenta outros alimentos, mantendo o leite materno até os 2 anos ou mais;


3 - Após os 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, carnes, leguminosas, frutas), 3 vezes ao dia, se a criança receber leite materno; e 5 vezes ao dia se estiver desmamada;

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4 - A alimentação complementar deverá ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando a vontade da criança;


5 - A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida com colher, começar com consistência pastosa e aumentar a consistência até chegar à alimentação da família;

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6 - Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia;


7 - Estimular o consumo de frutas, verduras e legumes;

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8 - Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes e outras guloseimas nos primeiros meses de vida; sal com moderação;


9 - Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos, assim como a conservação;


10 - Estimular a criança doente a se alimentar, oferecendo a alimentação habitual e respeitando sua aceitação.

Gina B. Schiavon, pediatra


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