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12 ago 2009 às 15:02
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As empresas do magnata da comunicação Rupert Murdoch anunciaram que vão começar a cobrar pelo acesso ao conteúdo de seus websites. Estão no rol de empresas de Murdoch os jornais ingleses Times e Sun. Será o fim da era do conteúdo grátis na internet?

A decisão do magnata tem muito a ver com a recente perda milionária que atingiu os negócios dele. Mas não deixa de ser um tema importante. Milhares de jornais pelo mundo aderiram contentes ao modelo de negócio gratuito na internet. Em muitos casos, quem acessa o site de um jornal não só pode ler o períodico de graça, como também consulta seu arquivo integralmente sem custo algum.

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Tudo isso é muito bonito, muito democrático. Mas em um aspecto é preciso concordar com Murdoch: produzir conteúdo de qualidade não sai barato. Custa caro e exige investimentos constantes. O New York Times, por exemplo, tinha equipes (isso mesmo, no plural) no Afeganistão quatro anos ANTES da guerra de 2001. Quando a guerra contra o terrorismo começou, eles conheciam o Afeganistão, conheciam as pessoas que moravam lá e no que os soldados americanos estavam se metendo.

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Um rapaz que entrevistei outro dia, especialista em web, me diz que o bom da distribuição gratuita de conteúdo pela internet é que o autor se solta das amarras das grandes empresas. E pode virar um sucesso mesmo sem ter a chancela de uma grande editora. O problema, acho eu, reside em saber de que esse escritor vai viver até esse sucesso virtual chegar.


Escrever de graça para a internet tem seu apelo para quem tem outras rendas. Para advogados, dentistas, empresários que encaram a produção editorial um hobby que pode dar certo. Mas e quem vive só de escrever?

Talvez estejamos no início de uma era em que o ofício de escritor, seja de ficção ou não, deixe de existir. Talvez nós, escribas, tenhamos que começar a procurar um novo "nicho de mercado". Mas gosto de pensar que, se for esse o caso, o tal conteúdo de qualidade citado por Murdoch deixará de ser tão facilmente encontrado.


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