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Gripe A: em quem acreditar?

09 ago 2009 às 21:57
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Mal coloquei no ar meu último post (A verdade sobre a pandemia) e já me deparei com indícios de que a histeria coletiva nos cerca. Fui ao mercado fazer as compras do mês e na seção de produtos de higiene, me deparo com um casal indeciso sobre qual sabonete comprar. De repente, a mulher vira para o marido e diz: Querido, vou levar esse agora e se na segunda o comércio estiver aberto, compro outro.

Mais para frente, no setor de produtos de limpeza, me deparo com a prateleira de álcool quase vazia. Um funcionário do mercado comenta com o outro: a gente mal abasteceu e já está quase acabando.

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Chego ao caixa e o rapaz que embala minhas compras comenta que o mercado está cheio e o trabalho é intenso desde cedo. "Mas logo, logo vamos ter que fechar então não me incomodo". Pergunto por que o mercado fecharia. Ele responde que outro mercado, no Xaxim (mais um boato infundado), já teria fechado por conta da gripe A e seria só uma questão de tempo até os donos daquele estabelecimento decidirem fechar também.

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Tento argumentar com o moço que não é bem assim. O tal mercado permanece aberto. Houve sim um pedido de uma promotora do Trabalho para que todo o comércio fechasse, mas que foi prontamente negado pela Justiça. Obviamente me identifico como jornalista, na esperança de que as informações que apresentam sejam tomadas por verdadeiras.

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O rapaz, no entanto, insiste que o comércio deve fechar. Diz que de outra forma, os funcionários ficariam expostos, sujeitos a doença. Não deixo de pensar na ironia da situação. Trata-se de gripe. Uma gripe (dor no corpo, coriza, febre), como tantas que nós, moradores do Sul já tivemos o prazer de ter.


Um leitor me pergunta: em quem acreditar nesse momento em que escolas fecham, aulas são suspensas, eventos são proibidos, os dados são confusos. Bom, devo dizer: acredite na imprensa. Não vejo razão para os meios de comunicação mentirem.

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Acho que, em parte, a imprensa é também culpada pelo clima de histeria. Foram os órgãos de imprensa que foram atrás de suspeitos de estarem com a gripe A ou de terem morrido dela - o que acho temerário uma vez que se faz todo um alarde sobre a suspeita, mas quando essa é descartada, não se noticia com a mesma ênfase.


No entanto, diariamente vamos colhendo informações e tentando repassar ao leitor o quadro mais apurado da situação. Quando o volume de informações sobre um assunto é colossal, confie nos meios de comunicação para que façam a edição necessária.

Em tempo: o site do jornal New York Times disponibilizou uma página na qual reúne todas as informações que já publicou sobre a Gripe A. Para quem lê em inglês, o conteúdo está disponível aqui.


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