Mulher Maravilha 1984 (2020) chega aos cinemas em um momento conturbado mas traz consigo uma mensagem valorosa de esperança e fé na humanidade.
Após ser adiado várias vezes, o filme estreou no dia 17 de dezembro e já conquistou o coração de muitos fãs do universo da DC Comics e dos fãs da cultura pop em geral.
A diretora Patty Jenkins conseguiu criar um clima totalmente diferente nesse filme em comparação ao primeiro, situado nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Em um ambiente vibrante e colorido dos anos 80, Diana (Gal Gadot) consegue trazer para as telas, o ideal da personagem de William Moulton Marston, que foi criada com a intenção de frear o excesso de violência dos super-heróis, onde esta combate os criminosos sem o uso de armas mortíferas e busca sempre a reabilitação destes ao invés de matá-los.
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Achei um pouco exagerada a representação de alguns elementos da época, como vestimentas, cores vibrantes, carros, porém foi uma forma de deixar isso bem evidente nos momentos em que era necessário se situar dentro da história/linha temporal.
Toda essa ambientação torna a personagem ainda mais humanizada, uma vez que ela é mostrada em situações do cotidiano, como no trabalho e também em seu apartamento, vivendo como uma civil.
Falando agora sobre o filme como um todo, não tive aquela sensação de filme grandioso ao término dele, isso pode ser algo que diz respeito a experiência, afinal faziam meses que não íamos ao cinema, não é? Contudo, o filme não me empolgou tanto, e a trama com um tom dramático não convenceu. As cenas de luta são impecáveis, a sequência inicial com a jovem Diana foi incrível, porém durante o filme a sensação de espera por mais ação da parte de Mulher Maravilha me consumiu bastante e não foi totalmente sanada.
A aventura criada em torno do artefato místico que dá motivação aos antagonistas do filme, nos remete às aventuras vivenciadas por Henry Jones na franquia Indiana Jones, eternizada por Harrison Ford, porém é um tanto confusa e lenta, como disse, os antagonistas, neste caso vilões, demoram a criar um conflito e as cenas de luta/ação ficam todas para os minutos finais do filme.
A atuação de Pedro Pascal, encarnando o personagem Maxwell Lord é divertida e excêntrica, um papel diferente do que estamos acostumados a ver no ator, haja visto que este tem os holofotes direcionados à ele neste ano, pois deu vida ao personagem principal da série O Mandaloriano, da franquia Star Wars. Por outro lado, a atriz Kristen Wiig, que deu vida à personagem Barbara Minerva, ou ainda, a Mulher-Leopardo (Cheetah) fez um bom trabalho, introduzindo essa nova vilã, que desde anunciada, gerava dúvidas aos fãs, de como seria essa representação nas telonas. A personagem me lembrou muito o vilão Electro de The Amazing Spider Man 2 (2014), e vendo o filme vocês saberão o porquê.
O filme não me desagradou e não julgo ter sido uma experiência ruim, afinal estava com muita saudade de ir ao cinema. A duração um tanto quanto longa, amplificou ainda mais o quesito lentidão que mencionei acima, mas tirando isso foi um excelente filme. Gal está maravilhosa (rs) e ver todo o arco dramático de Diana envolvendo o retorno de seu par romântico Steve (Chris Pine) foi enternecedor.
Por fim, se você tiver a oportunidade de ir aos cinemas conferir, vale muito a pena. A mensagem sobre longevidade da humanidade e esperança de vida transmitida pelo filme é valedoura.
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