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A Menina que Roubava Livros - Makus Zusak

15 jun 2010 às 08:45
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Já ouvi de muitas pessoas a seguinte frase: "Não consegui terminar de ler 'A menina que roubava livros'! Achei a história chata!". Preciso avisar, para quem pretende ler a obra, que é (sim) uma narração bem diferente. Longe, porém, de ser chata! Aliás, esse é o livro preferido do Miguel (marido), e um dos únicos que eu o vi ler mais de uma vez. Muito diferente de "Eu sou o mensageiro", esse livro de Zusak tem uma história muito densa e complexa.


Confesso que é uma obra que eu não consegui ler em uma semana - como costumo fazer. A história não é chata, mas o texto é complexo e você pode se perder nas (muitas) metáforas da personagem principal. Digamos que é assim, como um bom vinho. Ele não pode ser apreciado com pressa. Deve-se degustar a narração, linha por linha, página por página, lentamente. Só então você é capaz de perceber a beleza, os mistérios e surpresas presentes na obra.

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Sem mais delongas, vamos à resenha...

'A menina que roubava livros' é intrigante e envolvente. Ele narra uma história que se passa entre 1939 e 1943, na Alemanha nazista. Liesel Meminger é uma menina notável que encontrou a Morte três vezes, e saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a 'própria', de tão impressionada, decidisse contar sua história. A narradora peculiar é descoberta logo no primeiro capítulo do livro, quando "apresenta" ela mesma, as cores, e a roubadora de livros.

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Liesel assistiu seu irmão morrer no colo da mãe, e viu-se abandonada horas depois aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um casal de meia idade que já tinha filhos crescidos. A menina escondia um segredo que era a única lembrança palpável do dia em que viu pela última vez a mãe e o irmão. "O manual do coveiro" caiu do bolso de um dos rapazes que ajudou no enterro de Werner, e Liesel se apossou do primeiro dos muitos livros que roubaria ao longo dos quatro anos seguintes.

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A história toda tem a Alemanha nazista como pano de fundo, em um tempo onde o país era constantemente mudado pela guerra. A Morte, presente como protagonista no texto, conta como a menina sobreviveu a essa época e como diariamente Liesel teve sua vida salva pelas palavras.


O livro é interessante sob vários aspectos. Um dos já citados é a "narradora" da história. Na contracapa, onde habitualmente encontra-se a sinopse ou um trecho do livro, uma única frase escrita em vermelho desperta a curiosidade do leitor: quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler.

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Outro aspecto curioso do livro é a perspicácia em que Zusak descreve a morte, como se fosse a própria falando. Logo nas primeiras páginas, onde ela se "apresenta", as palavras do autor são suficientemente claras e trazem a reflexão do que a morte realmente significa. É quase como se o leitor a reconhecesse falando.


"Eu poderia me apresentar apropriadamente, mas, na verdade, isso não é necessário. Você me conhecerá o suficiente e bem depressa, dependendo de uma gama diversificada de variáveis. Basta dizer que, em algum ponto do tempo, eu me erguerei sobre você, com toda cordialidade possível. Sua alma estará em meus braços. E levarei você embora gentilmente."


Uma história emocionante sobre lealdade e amizade. "A menina que roubava livros" é uma narração que prende a atenção do começo ao fim. Não desista!!!

Markus Zusak é o autor do livro The book thief, título original de "A menina que roubava livros", lançado em 2006. Zusak é australino, e também escreveu "Eu sou o Mensageiro", já citado no blog. Do Conselho Australiano de Livros Infantis, recebeu o Prêmio Livro do Ano para Leitores Mais Velhos. Atualmente, o autor mora em Sydney.


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