Consumidores de Londrina já estão pagando mais caro pelo combustível. Nesta quinta-feira, o litro de álcool foi vendido por R$ 1,18 em vários postos, indicando alta de R$ 0,24. O litro da gasolina, que custava R$ 1,92, em média, foi reajustado para até R$ 2,08.
A explicação para a alta do álcool é que as usinas aumentaram o preço do produto. Donglei Pretti, proprietário de uma distribuidora de álcool no município, garante que já está pagando R$ 0,65 pelo litro, ante o preço de R$ 0,53 praticado há dez dias.
No caso da gasolina, o reajuste decorre da adição de 25% de álcool anidro ao produto. Hoje, em reportagem publicada na Folha, o presidente do Sindicombustíveis, Roberto Fregonese, afirmou que o consumidor final pagaria R$ 0,04 centavos a mais pelo litro da gasolina. Em Londrina, alguns postos reajustaram o produto em R$ 0,16.
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Pretti revelou que sua empresa está vendendo o litro de álcool a R$ 0,98 para os revendedores. Há dez dias, o valor praticado era R$ 0,84. ''Pago R$ 0,23 de impostos'', lembrou ele, que culpa as usinas pelo aumento do preço de combustível em plena safra de cana.
O superintendente da Associação de Produtores de Álcool e Áçucar do Paraná (Alcopar), Adriano da Silva Dias, confirmou a alta. Na semana passada, o produto foi cotado por R$ 0,53 o litro pelo indicador Esalq/BM&F, ante R$ 0,46 na semana anterior. A cotação desta semana só estará disponível hoje.
Ele afirmou que não considera que houve aumento no preço, pois em março o álcool era vendido a R$ 0,90. ''É uma redução no desconto que estava sendo dado'', justificou. O reajuste, segundo o superintendente, decorre da estabilização da safra e consequente acomodação do mercado.
Silva Dias se surpreendeu com o repasse de R$ 0,23 centavos ao preço do álcool na bomba. ''Uma parte é responsabilidade da usina. Mas os outros segmentos da cadeia também aumentaram'', disse.
No Posto Quintino, os novos preços assustaram a freguesia. ''O movimento caiu pela metade'', contou o gerente Maicon Rocha. Um dos poucos clientes do estabelecimento foi o agente de segurança Marcos Antônio Rodrigues: ''Eles sobem, depois abaixam e aí sobem de novo. Os consumidores estão sendo enganados''.