Ninguém sabe ao certo quando começou a tradição de enfeitar árvores, casas, prédios e os mais diversos tipos de fachadas com pequenas lâmpadas na época do Natal. Os primeiros registros da utilização das lâmpadas na decoração natalina são do começo do século 11, quando a luz representava a ''boa nova''. Aos poucos, elas foram substituindo ou incrementando a decoração, principalmente quando a nossa moeda se equiparou ao dólar, possibilitando a importação e a popularização desses pequenos pontos de luz.
Em algumas cidades, principalmente mais ao sul do país, a decoração de Natal é utilizada como atrativo turístico. Em Londrina, há alguns anos, a Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil) promoveu concursos que resultaram em uma cidade iluminada. Alguns moradores caprichavam na decoração e chegavam a cobrar ingresso de quem quisesse ver Papai Noel mais de perto.
O industrial Arley Marrone venceu duas edições desse concurso, enfeitando a sua casa, no Jardim Quebec (zona oeste), com cerca de 150 mil lâmpadas. ''Às vezes, quando eu chegava do trabalho, tinha que enfrentar fila para entrar, mas me dava um imenso prazer ver as pessoas aqui'', recordou Marrone. De 1994 a 1997, a casa se iluminou nos meses de dezembro, mas nos últimos anos, desanimado com a falta de incentivo, o industrial não retirou as lâmpadas das caixas. ''Não me senti motivado a decorar a casa pela situação e também não foi um ano muito bom. Acho que a prefeitura poderia dar algum tipo de incentivo para as pessoas que pudessem enfeitar as casas. Poderia também ser uma campanha da Acil. Este ano a iluminação da cidade está fraquíssima.''
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Alheia as adversidades que fizeram com que dezenas de pessoas deixassem a decoração de Natal encaixotada, a empresária Nilcéia Ulinski, enfeitou toda a fachada de sua casa, no Jardim Bela Suiça (zona oeste), com luzes e papais noéis.
''Sempre gostei de decorar a casa no Natal, principalmente agora por causa dos meus netos. Esse ano coincidiu com o primeiro aniversário do meu neto então a gente caprichou'', disse Nilcéia.
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