Na entrevista coletiva semanal, realizada agora pela manhã (16), o prefeito Barbosa Neto (PDT) descartou anunciar eventual novo valor da tarifa do transporte coletivo em Londrina, hoje fixada em R$ 2, antes que a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara que investigou a planilha, apresente seu relatório final. Um estudo parcial já foi divulgado e sugeriu que a tarifa fosse reduzida para R$ 1,99.
"Não trabalho com esta hipótese", disse Barbosa, referindo-se à possibilidade de definir a tarifa antes da CEI. "Estou agindo democraticamente e esperando que a CMTU analise o trabalho da CEI para definir o valor". Em razão da aprovação de greve por motoristas e cobradores da Francovig e TCGL, decidida neta quarta-feira (15), havia a expectativa que Barbosa pudesse ceder.
As duas empresas alegam que não têm condições de conceder o reajuste pleiteado de 10% porque este ano estão trabalhando com prejuízo que já somaria R$ 254 mil. Barbosa Neto não descartou a possibilidade de aumento da tarifa, mas reafirmou que irá esperar.
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No entanto, também reforçou os indícios de que pretende autorizar o reajuste. "Temos que nos preocupar com o equilíbrio financeiro das empresas, com a qualidade do serviço e com o valor dos insumos, que variam muito", acentuou, frisando que há 42 meses as empresas estão sem reajuste.
"Embora sejamos políticos e tenhamos nossas paixões, não podemos politizar este assunto da planilha; temos de tratá-lo de forma técnica", disse Barbosa ao ser questionado se os dados da CEI seriam utilizados para definir o valor da tarifa.
"Se houver elementos que venham contribuir, vão ser usados", disse, acrescentando, porém, que "os números apresentados pela CEI (no relatório parcial) foram desconsiderados porque eles despresaram dados importantes". O prefeito estava se referindo à frota e número de funcionários das empresas que foram apresentados na CEI e corrigidos pela CMTU.