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Ação da CMTU

Cadeiras de rodas ocupam vagas para carros no centro de Londrina

Aline Machado Parodi/Grupo Folha
11 mai 2016 às 17:42

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- Gina Marcondes/Grupo Folha
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Uma cadeira de rodas estacionada em uma vaga no centro da cidade. Essa foi a maneira que a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU) encontrou para chamar a atenção para a necessidade de respeitar os locais exclusivos para deficientes físicos e idosos.

Em 2015, 12,4% das 7.007 multas aplicadas pela CMTU por estacionamento irregular foram por parar em vagas de idosos e deficientes. Até abril desde ano, já foram aplicadas 126 multas por estacionamentos irregulares em vagas para deficientes físicos e 212 em vagas exclusivas aos idosos.

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A ação da CMTU realizada na tarde desta quarta-feira (11), em várias ruas no entorno do calcadão, faz parte da programação do "Maio Amarelo". Durante todo o mês, serão desenvolvidas atividades de educação e prevenção sobre o trânsito, principalmente para chamar a atenção do alto índice de mortes.

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"Resolvemos não nos limitar a ações sobre as causas dos acidentes, precisamos educar o motorista. Não estamos fazendo nada novo aqui, mas a ideia é simbolizar a importância de respeitar as vagas para idosos e deficientes e como utilizá-las corretamente", comentou Carlos Eduardo Ribeiro, coordenador de Educação no Trânsito da CMTU.

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A iniciativa chamou a atenção dos motoristas, que chegavam a esboçar a atenção de estacionar no local, mas desistiam ao verem a cadeira de rodas. A psicóloga Aline Gotard Barroso, de 26 anos, só estacionou, após uma agente da CMTU retirar a cadeira.


"É estranho, mas isso acontece muito com estacionamento para idoso e deficiente. É difícil para o motorista conseguir vaga, então tem que respeitar mesmo", comentou a motorista.

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Londrina tem 287 vagas exclusivas (129 para deficientes físicos e 158 para idosos). A legislação determina que em cada quadra no mínimo 2% das vagas sejam destinadas para deficientes físicos e 3% para idosos. O presidente da Associação de Deficientes Físicos de Londrina (Adefil), Paulo Lima, afirmou que é preciso repensar a localização dessas vagas. "A Rua Minas Gerais, perto da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina) precisava de mais vagas. É um ponto estratégico", disse o presidente.


O assessor da Pessoa com Deficiência da Prefeitura, Almir Escatambulo, disse que novas vagas são criadas conforme a demanda. Segundo a CMTU, estão em estudo projetos para implantação de vagas nas Avenidas São João, Saul Elkind e Inglaterra.

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A prioridade são locais próximos de unidades básicas de saúde, bancos, escolas, comércios. "A vaga é para que a pessoas com deficiência possa ter mais acessibilidade e quando alguém ocupa esta vaga ela está restringindo o direito de ir e vir da pessoa", disse Escatambulo.


Credenciamento

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Para estacionar em vaga exclusiva a pessoa precisa fazer uma credencial na CMTU. É preciso apresentar, no caso de deficiente físico, cópia da carteira de identidade, do comprovante de residência e o laudo médico comprovando a deficiência de locomoção. O idoso deve ter mais de 60 anos e apresentar comprovante de residência em seu nome e carteira de identidade.


"A credencial é um direito da pessoa. E ela tem que levar sempre junto", explicou o coordenador de Educação no Trânsito da CMTU. O desconhecimento da necessidade da credencial, às vezes, faz com que o motorista seja multado.

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O monitor de vigia Cristiano Rezende dos Santos, de 38 anos, quase foi autuado enquanto aguardava a vizinha Almerinda Santos do Rego, de 62 anos. Ele estacionou na vaga para deficiente na Rua São Paulo, mas dona Almerinda não tem a credencial. O agente do CMTU os orientou do procedimento de credenciamento.


"Vamos lá fazer a credencial", disse dona Almerinda, que tem problemas de locomoção em função da diabetes. Toda as segundas e quartas-feiras, Santos traz a vizinha ao Centro para tratamento médico e conta que é sempre uma dificuldade conseguir uma vaga. "Tem sempre alguém usando a vaga de deficiente. Às vezes, tenho que parar longe e é difícil para ela caminhar", contou. "O pessoal não respeita", critica Almerinda.

Das 872 multas aplicadas em 2015 por estacionamento irregular em vagas exclusivas, 59,5% foram em vagas de idosos e 40,48% de deficientes físicos.


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