É só chover mais forte que a cidade, principalmente a população mais carente, sofre com os estragos. Na noite de terça-feira, a invasão Novo Amparo 2 (zona norte de Londrina) teve vários barracos destelhados. Solange da Silva teve seu barraco praticamente destruído e uma telha caiu sobre sua filha Letícia, de 8 anos. A menina teve o pescoço cortado e foi encaminhada ao hospital, onde levou cinco pontos. Nesta terça-feira pela manhã ela estava com o pé inchado.
No momento do temporal Solange estava em casa com seus sete filhos, a mais nova ainda não completou um ano e o mais velho tem 16. Tudo que estava dentro, desde roupas, cama, colchões, até geladeira e fogão, foi destruído. ''Estou com a roupa da vizinha'', afirmou Solange. A queda de uma das paredes sobre o fogão provocou um vazamento no botijão de gás. Solange lembrou que teve que sair correndo na chuva com as crianças com medo de algo pior acontecesse. ''Passei um sufoco aqui'', disse. A família está alojada em um barraco da invasão, que estava vazio.
Ainda na zona leste, o excesso de chuva deixou a Rua Gino Tamiozzo cheia de buracos e valas. O trânsito de veículos está difícil e alguns moradores colocaram tijolos quebrados nos buracos para que o ônibus da linha 101 (Novo Amparo) pudesse passar. ''Antes a prefeitura jogava pedras aqui mas já faz tempo que não joga'', reclamou a proprietária de um bar no local, Claudia Maria de Oliveira.
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Na zona sul da cidade o problema foi a falta de energia. O engenheiro de manutenção da Copel, Eduardo Oyama, informou que várias árvores caíram sobre a rede de distrituição da companhia, na região do Conjunto Cafezal, quebrando quatro postes. Segundo ele, o fornecimento de energia foi interrompido às 21 horas. À meia-noite, alguns moradores já tiveram o energia reestabelecida mas outros tiveram que aguardar até a manhã desta quarta-feira para a normalização.
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