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Rolândia e Ibiporã também citadas

Citando Belinati, Boca Aberta e o Cincão, humorista zomba de Londrina para promover show

Bruno Souza - Estagiário*
05 jul 2023 às 17:12
- Reprodução/ Instagram
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O humorista Leo Lins publicou, na última quinta-feira (29), um vídeo zombando de Londrina para promover o seu show que acontecerá no dia 9 de julho no município. O ex-integrante demitido do programa The Noite do SBT, por "piada" sobre criança com hidrocefalia, citou o ex-prefeito Antônio Belinati, o atual prefeito Marcelo Belinati (PP), o ex-deputado federal Boca Aberta (PROS) e os Cinco Conjuntos da região norte de Londrina, popularmente conhecidos como Cincão.


Sobre o político veterano que foi eleito prefeito por três vezes, o humorista fez sátiras a respeito das acusações de desvio de dinheiro público. Em seguida, citou o sobrinho de Antônio Belinati e atual prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, afirmando que ele é fã da MC Pipokinha, por divulgar o show que a funkeira faria em suas redes sociais. A cantora é conhecida por suas letras explícitas de sexo.

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O ex-deputado federal Emerson Petriv, conhecido como Boca Aberta (PROS), também foi lembrado. Entre os destaques, aparecem a briga que o político teve com o ex-vereador Amauri Cardoso (PSDB), de quem recebeu um soco no nariz. A troca de tapas com o ex-deputado federal Arthur do Val (União), conhecido como Mamãe Falei, também virou pauta.

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Leo Lins também causou polêmica ao zombar de pontos conhecidos da região norte de Londrina, que abriga populações periféricas. Ele diz no vídeo que "o Cincão tem esse nome, pois é o quanto vale a sua vida morando lá". Além disso, o humorista também afirmou que o Londrina Norte Shopping - um dos maiores da região norte - "só tem pobres".

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O ex-deputado federal Boca Aberta foi procurado pela reportagem para comentar o assunto, mas disse que o humorista "tem direito à livre manifestação".


Já a assessoria do Londrina Norte Shopping declarou que "tem orgulho de ser londrinense, de estar inserido na zona norte de Londrina, uma das maiores e mais promissoras regiões da cidade. Há dez anos contribui para o desenvolvimento da cidade e do seu entorno, sendo referência em toda a região".

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Travestis, obras e moradores de rua


Outro assunto abordado no vídeo do humorista são as obras da avenida Leste Oeste. Leo Lins diz que o prefeito "nunca termina as obras em respeito às travestis do local, por ser uma 'avenide' em transição".

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O vídeo também faz sátiras aos buracos deixados nas ruas pela Sanepar, aos moradores de rua "que vem para Londrina e não querem ir embora" e à rodoviária, que "tem mais gente dormindo nela do que indo embora".


Há também críticas aos radares na cidade, que fazem Londrina "ser mais vigiada que o BBB". Os ratos presentes no Lago Igapó não passaram despercebidos. Segundo o humorista, eles "são tão grandes que parecem capivaras".

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A assessoria da prefeitura de Londrina e o prefeito Marcelo Belinati não quiseram comentar o assunto.

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Municípios da região


Rolândia também ganhou um vídeo exclusivo de Leo Lins. Diferentemente dos outros municípios, as "piadas" foram feitas somente com o nome da cidade, relacionando-a ao órgão genital masculino. 

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Já Ibiporã foi apresentada como uma cidade sem muitas opções. O humorista diz no vídeo que o município só tem praças e igrejas, o que só possibilita os moradores de lá serem "drogados ou cristãos".


A assessoria da prefeitura de Ibiporã respondeu às "piadas" do humorista com um vídeo promocional em que os moradores demonstram orgulho em viver no município. Já a prefeitura de Rolândia contatou o jurídico, mas não enviou nota até o encerramento deste texto.


Condenado por racismo, escravidão, minorias, pessoas com deficiências


Em maio deste ano, o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) determinou que o humorista retirasse o especial "Perturbador" do YouTube. Neste vídeo, Léo Lins faz "piadas" com escravidão, minorias, pessoas com defiências, pessoas idosas e perseguição religiosa. A medida atendeu a um pedido do MP-SP (Ministério Público de São Paulo). A gravação do especial foi em Curitiba. 


A determinação foi de que o humorista não pode transmitir, publicar ou manter em determinados dispositivos arquivos de "conteúdo depreciativo ou humilhante em razão de raça, cor, etnia, religião, cultura, origem, procedência nacional ou regional, orientação sexual ou de gênero, condição de pessoa com deficiência ou idosa, crianças, adolescentes, mulheres, ou qualquer categoria considerada como minoria ou vulnerável". 


No mês passado, Lins foi banido do Tinder, rede social de relacionamentos, após receber notificação por violar os termos de uso. A punição da rede social ocorreu após os vídeos de seu canal no YouTube serem retirados por determinação da Justiça. 


Neste ano, também foi condenado a pagar indenização ao indígena Romildo Amandios, cacique da aldeia Paranapuã, em São Vicente - São Paulo. Ele postou uma imagem do cacique com a palma da mão aberta escrito "índio não é fantasia". Logo abaixo da foto, o humorista escreveu: "Alguém dá um espelho para esse índio parar de chorar". 


Em fevereiro deste ano, Lins também foi condenado a pagar uma indenização de R$ 15 mil por fazer piadas com uma mulher transgênero. Para promover seu show na cidade de Jacareí - SP, comparou sua história à da cabeleireira Whitney Martins de Oliveira. 


Em agosto de 2022, Léo Lins foi condenado a pagar indenização por danos morais por ter ofendido a mãe de um autista em uma rede social. O valor foi de R$ 44 mil. No mesmo ano, ele fez uma piada ofensiva sobre uma criança com hidrocefalia. Na ocasião, foi demitido do SBT.


Lins também usou a tragédia com o avião que levava jogadores e equipe da Chapecoense, quando 71 morreram em 2016. Na ocasião, ele comparou a tragédia com a morte do jogador Daniel, que jogou no São Paulo e foi assassinado em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba). Na época, Lins afirmou em um vídeo no YouTube: "Pelo menos ele morreu depois de comer coisa boa. Não foi como os jogadores da Chapecoense, que era comida de avião". 


Atualizada às 10h40 de sábado (8)


*Sob supervisão de Fernanda Circhia

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