A Companhia de Habitação (Cohab) de Londrina suspendeu, nesta semana, um edital de licitação que pretendia contratar uma empresa para a construção de 260 moradias em diversos bairros da cidade. A revogação foi feita após o Observatório de Gestão Pública questionar um processo semelhante, mas que já foi finalizado.
A entidade alega um possível direcionamento por parte da Cohab e destaca que exigências feitas no edital impediram construtoras de participar do certame. A empresa só pode participar do processo se, por exemplo, já tiver experiência na construção de habitações do programa federal "Minha Casa, Minha Vida".
Outra medida, questionada pelo Observatório, exige que a construtora interessada faça também, antes da construção das moradias, um processo de "desfavelamento" dos terrenos que vão receber as moradias.
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O presidente da Cohab, João Verçosa, fez questão de negar o possível direcionamento. Segundo ele, o segundo edital foi suspenso para que a companhia retire a exigência relacionada ao processo de "desfavelamento". "No primeiro edital a exigência era necessária por que as casas vão ser construídas em uma área de assentamento. Já o segundo prevê a construção de moradias em bairros do perímetro urbano de Londrina e, por isso, a medida não se fez mais necessária", explicou em entrevista à rádio CBN Londrina.
Ele disse também que a Cohab optou por revogar o processo para não prejudicar uma empresa, do município de Toledo, que já havia se mostrado interessada. "Poderíamos muito bem suprimir a exigência do certame e dar continuidade. No entanto, já contávamos com uma construtora interessada", disse.
O primeiro processo, já finalizado, prevê a construção de 280 casas no conjunto João Turquino (zona leste). A empresa vencedora do certame é a Terra Nova Engenharia. Já o segundo edital, suspenso, não tem previsão de quando será republicado. (com informações da rádio CBN Londrina)