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Epidemia

Combate à dengue vira caso de polícia em Londrina

Redação - Folha de Londrina
09 abr 2003 às 19:14

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Oficial apreende catadoras de papel que impediam ação da Saúde
- César Marinho
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Entulhos e lixo saindo pelo portão. Sacos lotados de material reciclável. Panelas velhas, garrafas, papelão, circundando toda a casa impedindo até mesmo de se enxergar um pedaço de chão.

Vários cachorros disputando um espaço do quintal e, como não poderia ser diferente, o mau cheiro. Esse cenário que chocou funcionários da Vigilância Sanitária e da Epidemiologia foi encontrado na casa da catadora de papel I.C.R., 50 anos, no Conjunto Ernani Moura Lima, zona leste de Londrina.

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A casa de I.C.R e de M.V., na zona sul, foram visitadas nesta quarta-feira pelos agentes de saúde, que estavam amparados em mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça.

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A ordem judicial foi emitida a pedido do Ministério Público porque as moradoras haviam proibido a entrada dos agentes. O mandato foi expedido também para uma terceira casa, no Jardim Jatobá, que será visitada nesta quinta-feira.

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Mesmo com o mandado, a catadora de papel e a filha S.C.R., 16 anos, não permitiam a entrada da equipe e, aos berros, acusavam a vizinhança de não deixá-las trabalhar. Os policiais militares que acompanhavam a operação entraram no quintal pulando o muro e só depois de muita conversa convenceram Inês a abrir o portão.


Numa rápida vistoria os fiscais da Vigilância Sanitária encontraram três focos do mosquito. E, depois de uma negociação, foi retirado um caminhão de lixo. Foram deixados apenas os materiais recicláveis e papéis que estavam acomodados em sacos ou que não ofereciam risco de acúmulo de água.

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A ação foi acompanhada ainda por funcionários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps/Conviver) e da Secretaria de Ação Social. Segundo informações do Posto de Saúde, a catadora de papel toma remédios para problemas neurológicos.


A terapeuta ocupacional do Caps Maristela Handchucka pretendia levá-la para ser avaliada pelo centro mas, devido a resistência de Inês, será tentado um acompanhamento domiciliar.

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Segundo o chefe da Vigilância Sanitária, Marcelo Viana de Castro, um relatório da ação será enviado ao Ministério Público. Dependendo do julgamento, Inês poderá responder por crime contra a saúde pública.


A vigilância vai solicitar à Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) a inclusão da catadora de papéis em uma Organização Não Governamental que realiza esse tipo de serviço.


O número de pessoas e veículos da saúde, de jornalistas e a viatura policial assustou os moradores vizinhos à casa de Inês. A dona de casa Maria Isaura Gonçalves Depieri disse que há pelo menos 16 anos os moradores convivem com o lixo da casa vizinha.

Outro morador, que não quis se identificar, disse não ser contrário à limpeza mas criticava a forma como ela foi feita. ''Antes de vir aqui carregar seu ganha-pão era preciso que lhe dessem outra coisa para fazer. Quem vai sustentá-la agora?''


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