A Corregedoria Geral da Prefeitura de Londrina concluiu procedimento administrativo e emitiu parecer em que pede a demissão dos 13 guardas municipais suspeitos de desvio milionário durante uma apreensão em novembro do ano passado. A suspeita inicial era que parte de R$ 860 mil teria sido desviada, mas o inquérito policial aponta que os valores apreendidos pelos GMs podem chegar até a R$ 1,5 milhão.
As investigações por parte da corregedoria começaram em dezembro, após a Polícia Civil deflagar a operação contra os agentes.
De acordo com o secretário de Defesa Social, coronel Pedro Ramos, o parecer de demissão por parte da corregedoria, aponta que os guardas municipais tiveram "má conduta e agiram fora dos padrões morais da corporação". Todos os envolvidos eram concursados e tinham mais de 5 anos de atividades no órgão.
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Ramos afirma que a demissão dos guardas pode ser homologada pelo prefeito Marcelo Belinati (PP) em 10 dias.
O advogado de defesa dos guardas municipais, Eduardo Duarte Ferreira, declarou que se a demissão dos agentes for publicada no Diário Oficial, ele irá entrar na Justiça para objetivo de reverter a decisão. "O prefeito pode ou não assinar a demissão desses agentes, caso ele assine nós iremos entrar na Justiça para reverter essa decisão, a corregedoria não pode condenar ninguém", comentou Ferreira.
O delegado da Polícia Civil, William Soares, responsável pelo inquérito que foi concluído em abril, afirmou que as investigações apontaram que o montante total apreendido por oito guardas municipais girava em torno de R$ 1,5 milhão e os recursos não foram divididos de forma igual.
Os oito guardas municipais que realizaram a apreensão do dinheiro ficaram com montantes maiores que outros cinco guardas.
Segundo o delegado, o dinheiro que ficou com os oito agentes não foram devolvidos. "Esses agentes foram convocados duas vezes e não apareceram em nenhuma das oportunidades dadas para se defenderem. Os recursos desviados não foram devolvidos", informou.
Já os outros cinco agentes que não participaram da ação de apreensão, ficaram com R$ 20 mil, que foram integralmente devolvidos.
Ao todo foram recuperados R$ 860 mil da apreensão, mais R$ 100 mil devolvidos pelos cinco GMs.
(*Sob supervisão do editor on-line, Rafael Fantin)