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Seminário Londrina 75 anos

Em Londrina, Requião fala sobre política econômica

Agência Estadual de Notícias
30 nov 2009 às 22:42

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- Levy Ferreira - AENotícias
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O governador Roberto Requião participou nesta segunda-feira (30), em Londrina, do Seminário Internacional Londrina 75 anos, promovido pela prefeitura, através da Codel – Companhia de Desenvolvimento de Londrina. Ao lado do prefeito Barbosa Neto, o governador Roberto Requião iniciou a palestra fazendo um relato sobre a origem e as consequências da atual crise financeira, que segundo ele não acabou. "Nenhum economista do planeta sabe hoje onde a crise nos levará", afirmou.

Requião disse que a economia do Brasil não andou mal nos últimos anos, por conta das políticas sociais do governo Lula e, a nível internacional, pelo crescimento fantástico obtido pela China. "A China chegou a registrar índice de 14% de crescimento e um consumo enorme de matéria-prima", destacou.

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O mundo não resistiria a um consumo de insumos desta proporção, disse ainda o governador. "A economia da China começa então a retrair e isto reflete nos países menos industrializados, inclusive no Brasil. E, nós brasileiros, que estávamos tendo algum sucesso, com a venda de minérios e grãos. Soma-se a isso uma política social coerente do presidente Lula, o aumento do poder aquisitivo das classes C, D e E, e passamos a viver um período de grande satisfação. Entretanto, não há a menor hipótese desse processo se sustentar".

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Segundo ele, quando se fala em sustentabilidade, temos que pensar no quadro da economia global, onde "se insere a nossa preocupação". "Nós estamos, sem sombra de dúvida, diante de um impasse. Só há uma saída possível, que é o desligamento das moedas globais. O presidente Lula já começou criando uma moeda gráfica entre o Brasil e a Argentina. Mas precisamos de uma moeda sulamericana, para nos desvincular do dólar, da libra, ien e das moedas supervalorizadas. Isto abriria um mercado enorme. É preciso entender que nenhum país do mundo ficará rico com o dinheiro dos outros. Esta é uma verdade dos precursores da nova economia americana".

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Para Requião, o dólar depreciado como se encontra faz a alegria de alguns políticos na véspera de eleição, mas acaba com a economia nacional. "Acaba com os investimentos. As indústrias automobilísticas começam a comprar peças fora do país. Fernando Henrique Cardoso já havia provocado a demissão de 250 mil trabalhadores nas montadoras e isso está se repetindo agora."


O governo, disse ainda o governador, ao invés de tomar providências substantivas, corta o IPI, que é na verdade um suprimento necessário para os estados e municípios. O dólar está minando os investimentos na economia brasileira. A médio e longo prazo não teremos mais empregos para dar a nossa população. Entramos num processo de absoluta dependência dos países mais desenvolvidos, notadamente os Estados Unidos".


Os responsáveis pela política econômica, na opinião de Requião, tentam transformar o Brasil numa espécie de China, com uma população menor, através de "precarização e do aviltamento do trabalho e do salário, e da venda de commodites como se tivéssemos voltando ao tempo dos ciclos da madeira, do café, do mate. É necessário entender que Banco Central independente é sinônimo de subordinação de um país ao interesse dos banqueiros. No Banco Central, não tem nenhuma pessoa incompetente nos cuidados com a moeda, entretanto não existe nenhum competente para elaborar e executar uma política agrícola, industrial, trabalhista e social, e um projeto de desenvolvimento da nação".


SEMINÁRIO - O tema central do evento, que termina nesta terça-feira (1º), é o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável. Entre os palestrantes, além de Requião, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o senador Osmar Dias, o presidente da Itaipu Binacional, Jorge Samek, o presidente da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria do Paraná, Roberto Covilla, o diretor do Bradesco, Octávio de Barros, entre outros. A entrada é um produto de limpeza, que será entregue ao Provopar.


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