A confusão na noite de quinta-feira (24) na rua Paranaguá, no centro de Londrina, foi o ápice de um problema que vem se arrastando há meses. Moradores da via e do entorno reclamam do som alto durante a noite, carros e motos acelerando e pessoas urinando em fachadas de lojas e prédios, além da sujeira. Um grupo de moradores já chegou a levar a demanda para a prefeitura e o MP-PR (Ministério Público do Paraná) em busca para uma solução.
“Houve uma concentração exagerada (na quinta) de pessoas bebendo, fumando maconha, erguendo ou arrebentando correntes de estabelecimentos comerciais e colocando veículos. Homens e mulheres urinando e até defecando a céu aberto. Soltaram fogos de artificio, afrontaram moradores que tentavam impedir depredação. Motos empinando e ‘queimando pneu’, carros competindo no barulho”, relatou uma professora aposentada que mora na região e que preferiu não ter o nome divulgado. “Por que a prefeitura não estuda levar estes botecos para uma área afastada de novas residenciais?”, questionou.
Com um bar situado na Paranaguá há quase dez anos, Vinicius Tadeu Maximo defendeu que a maioria dos estabelecimentos trabalham dentro da lei. “O que tem acontecido recentemente é que precisa entender o motivo, porque são questões pontuais. Se não é para ninguém beber na rua, quem está vendendo (a bebida)? Que comércio está oferecendo estrutura?”, indagou. “Se têm estabelecimentos que seguem as regras há anos, quem mudou isso? Quem está fazendo diferente? A pessoa tem que se adequar na questão de horário e capacidade”, completou.
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Os empresários com comércios de bares e restaurantes na via se prepararam para formalizar a “Associação Rua Paranaguá Unida”. nos próximos dias. Maximo afirmou que a abertura de conveniências na região precisa ser analisada - por manter as pessoas nas ruas - e ponderou que a movimentação do lado de fora dos estabelecimentos foge do controle dos comerciantes. “Temos associação para buscar uma rua saudável, segura para todos, que não interfira no bem estar dos vizinhos. Queremos dialogar e que a prefeitura cuide de quem não está se enquadrando”, cobrou.