O Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo de Londrina (Metrolon) emitiu nota, na tarde desta sexta-feira (10), questionando a decisão da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), de manter a passagem de ônibus a R$ 2,20. De acordo com o presidente do órgão, André Nadai, a implantação de melhorias no decorrer do último ano trouxe economia às empresas.
Ele citou como exemplo a implantação das faixas exclusivas para ônibus, a compra de 68 novos veículos e a construção de um terminal na zona oeste da cidade.
Por outro lado, o Metrolon destaca que "somente a criação de faixas exclusivas para ônibus, embora eficientes para oferecer mais rapidez em determinadas linhas, não é um fator de peso para que não haja reajuste das tarifas"
Após o anúncio de Nadai, as empresas protocolaram ofício na CMTU, solicitando cópia da Planilha de Cálculo Tarifário, instrumento que indica se há ou não necessidade do aumento da passagem.
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O Metrolon também listou, na nota, motivos que fazem as empresas discordarem da manutenção do preço atual da passagem. "Somente os salários dos trabalhadores do transporte, que representam 50% do custo da tarifa, foram reajustados em junho de 2011 em 7% e complementados em janeiro de 2012 com mais 3,5%. Apenas esses reajustes salariais alterariam o preço da tarifa atual em 5%."
O sindicato cita, ainda, o aumento nos custos dos pneus, carrocerias, chassis, peças e demais acessórios dos ônibus. "Houve também renovação de grande parte das frotas das operadoras, crescimento da quilometragem, a colocação de mais ônibus para atender o crescimento do município, como no caso do residencial Vista Bela, e outras demandas em demais bairros. Tudo isso também afeta o custo de operação do sistema."
O Metrolon espera que a CMTU mande a planilha de custos do transporte coletivo o quanto antes para análise.