A promotora da 6.ª Vara Criminal de Londrina, Suzana de Lacerda, concedeu nova entrevista coletiva na noite desta terça-feira (21) para falar sobre a prisão do advogado Marcos Colli. Acusado de estupro de vulnerável, ele foi detido no início da noite de segunda (20) após a Justiça acatar pedido do Ministério Público (MP).
O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu a prisão de Colli e mandados de busca e apreensão em diversos locais. Foram apreendidos computadores, brinquedos e roupas infantis. "O que eu posso falar é que encontramos a ponta do iceberg", disse a promotora nesta noite sem revelar detalhes. O caso está sob segredo de Justiça por envolver vítimas menores de idade.
Suzana contou que pediu uma parcial da perícia que está sendo realizada nos computadores apreendidos. "O auto de constatação ratifica todos os indícios e provas até agora apurados", destacou. Pela manhã, a promotora informou que Marcos Colli teria abusado de três crianças. O número de vítimas, no entanto, pode ser maior. "É uma constatação."
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Apesar de dar a entender que o caso é amplo, a promotora descartou a participação de Colli em uma rede de pedofilia. Também está descartado o envolvimento de outros servidores da Câmara Municipal de Londrina no crime. Até ser preso, o advogado era cargo comissionado da Mesa Executiva do Legislativo. Ele foi exonerado nesta terça-feira.
Marcos Colli também era presidente do Partido Verde (PV) em Londrina. Ele foi afastado do cargo e substituído pelo vereador Mario Neto Takahashi.
Transferência
Colli pode ser transferido a qualquer momento para uma cela especial no quartel do Corpo de Bombeiros ou no 5.º Batalhão da Polícia Militar. Ele permanece detido na unidade dois da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2).
O advogado dele, Maurício Carneiro, entrou com um pedido de transferência alegando que o político é advogado e tem o direito de ficar em um espaço diferenciado.
. (colaboraram Edson Ferreira e Lúcio Flávio Moura, da Folha de Londrina)