Professores, funcionários e pais de alunos da Escola Estadual Reverendo Jonas Dias Martins, na Rua Mato Grosso (região central de Londrina), estão apreensivos pela possibilidade de fechamento do colégio, que completará 50 anos em agosto.
O terreno de 600 metros quadrados onde funciona o prédio da instituição é de propriedade da 1ª Igreja Presbiteriana Independente, cuja sede fica ao lado da escola.
Segundo a diretora da escola, Elizabeth Accioly Wanderley da Silva, a área foi cedida ao colégio pelo sistema de comodato e há três anos a Igreja decidiu não renovar o contrato.
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''Recebemos um ofício no ano passado que nos informava que o prédio deveria ser devolvido em dezembro de 2003'', explica a diretora. O Jonas Martins atende 240 alunos entre a 1ª e a 4ª séries, e tem uma equipe de 18 professores e seis funcionários.
O administrador da 1ª Igreja Presbiteriana Independente, Pedro Leal Júnior, explica que a instituição religiosa quer o terreno de volta porque tem planos de expandir suas estruturas administrativas.
Segundo Leal, a Igreja entende que a escola, que tem o nome do fundador da Igreja Presbiteriana Independente em Londrina, ''cumpriu sua missão'', e que já existem outras duas instituições estaduais de ensino na região para atender o público das proximidades - o Instituto Estadual de Educação de Londrina (IEEL), que oferece do pré-escolar à 3ª turma do ensino médio, e a Escola Evaristo da Veiga, que tem turmas de 1ª a 8ª séries.
Os pais de alunos estão se mobilizando para impedir o fechamento da escola. O empresário Marcos Franco conta que matriculou sua filha no Jonas Martins num período de dificuldades financeiras.
''Gostei da qualidade de ensino, que comparo à de qualquer colégio particular, e do cunho cristão do trabalho. Não tenho nem idéia de outra escola para onde poderia levar minha filha (caso o Jonas Martins feche). No ano que vem, mesmo se minha situação financeira melhorar e eu tiver mais folga para pagar uma escola, eu gostaria de manter minha filha no Jonas Martins'', diz ele. Os pais estão organizando abaixo-assinados e formando uma comissão para discutir o caso.