O dona da construtora Iguaçu do Brasil, Carlos Alberto Campos de Oliveira, continua preso após ser detido em Maringá na segunda-feira (1º) durante Operação Casa de Papel, que investiga a comercialização de imóveis sem registros e licenças de loteamentos.
Além de Oliveira, dois funcionários da diretoria da empresa foram presos em Londrina e um casal de caseiros detidos na região de Maringá. Após prestar esclarecimentos na sede do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO), os caseiros foram liberados no final da tarde de ontem e retornaram para a cidade de Mandaguari, onde trabalham em uma propriedade de Oliveira, que é ex-prefeito do município.
O delegado do GAECO, Alan Flore, confirmou que os dois funcionários e o dono da construtora continuam detidos. Além disso, ele informou que nenhum novo mandado de prisão foi cumprido nesta terça-feira (2) de manhã.
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Em entrevista coletiva, concedida na segunda-feira, Flore revelou que a empresa estava registrada no nome dos caseiros usados como "laranjas" no esquema. "Segundo o casal, eles trabalhavam para o proprietário de fato. Provavelmente, eram pessoas manipuladas e agiam de acordo com orientações que eram passadas pelo dono da construtora", comentou o delegado.
Questionado sobre os consumidores lesados, Flore respondeu: "Os consumidores que adquiram as unidades pagaram montantes em dinheiro. Alguns chegaram a pagar praticamente a totalidade dos valores praticados. Nós pretendemos individualizar cada uma das vítimas e estabelecer o montante total do prejuízo."