Os ipês-rosas que embelezavam a paisagem do entorno da Câmara de Londrina – e que estavam no auge da florada – agora fazem parte do passado. As árvores, além de outras espécies que ficavam no estacionamento, foram arrancadas no último fim de semana pela empresa responsável pela reforma do prédio do Legislativo. Mais do que uma questão visual, a erradicação pode ter sido um crime ambiental.
Segundo o secretário municipal de Ambiente, Ronaldo Siena, não foi encontrada nenhuma emissão de autorização pela Sema (Secretaria Municipal do Ambiente) para o corte. “Notificamos a empresa responsável pelas erradicações para no prazo de três dias úteis apresentar a autorização para supressão emitida por órgão ambiental”, destacou.
O valor de uma possível multa, caso a empreiteira não entregue nenhuma liberação ambiental, vai depender de um relatório que está sendo elaborado pelos técnicos da pasta.
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Na terça-feira (31), o Consema (Conselho Municipal do Meio Ambiente) encaminhou ofício à Sema solicitando os laudos para o corte das árvores no estacionamento da Câmara de Vereadores. “Reiteramos nosso compromisso na defesa do meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem como na colaboração com os órgãos de proteção ambiental”, frisou a entidade no documento, que a FOLHA teve acesso.
A revitalização do prédio teve início em setembro, com custo de R$ 15,3 milhões, dinheiro de um fundo criado pelo próprio Legislativo para esta destinação. Apesar das intervenções beneficiarem outro poder, é o Executivo quem publicou a licitação e, por consequência, tem o dever de vistoriar os serviços.
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