A Delegacia de Homicídios de Londrina (DHL) concluiu nesta semana a investigação sobre o caso do bebê recém-nascido que foi entregue morto pelos pais ao corpo médico do Hospital Evangélico no início de junho. A conclusão foi de que a mulher, ao contrário do que afirmou em interrogatório, estava, de fato, grávida. A criança, que pesava pouco mais de três quilos, apresentava traumatismo craniano.
Primeiramente, a jovem foi ao hospital alegando fortes dores. Na ocasião, os plantonistas disseram que a mulher estava grávida, mas ela negou. Depois, o casal voltou ao hospital, com a criança já morta. No primeiro interrogatório, a jovem reforçou que não esperava um bebê. A investigação, porém, provou o contrário.
Segundo o delegado de Homicídios, Ricardo Jorge Pereira Filho, uma perícia encomendada pela Polícia Civil nos celulares e computador do casal mostrou que a mulher mentiu durante o interrogatório. "Ela negou a gravidez [no interrogatório], mas encontramos registros de pesquisas feitas na internet sobre o tema, o que não deixa de ser um forte indício", observou.
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Além de indiciar os dois por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, a polícia pediu a prisão preventiva do casal, ainda não decretada pela Justiça. A perícia também identificou que a criança nasceu no apartamento dos pais. A partir de então, a mãe alegou amnésia.
Apesar do pedido de prisão preventiva da polícia, o casal já estava preso temporariamente, por decreto da Justiça.
A reportagem tentou contato com a defesa dos investigados, deixou recado com uma das secretárias, mas não obteve retorno.