Os sete jurados que participam hoje do Tribunal do Júri em Londrina - que decidirá se Edson dos Santos Rodrigues, 31 anos, traficante conhecido como "Zóza", é culpado de um homicídio e uma tentativa de homicídio ocorridos em junho de 2006 - serão levados até o local do crime – o Jardim Leste-Oeste, localizado nas proximidades da Avenida Brasília.
A diligência foi solicitada pela promotora Suzana Lacerda e acatada pela juíza que preside o tribunal, Adriana Katsurayama. O perito que atuou no caso vai acompanhar a procedimento. O deslocamento deve ocorrer depois de as dez testemunhas de defesa e de acusação serem interrogadas.
Zoza, que está preso por tráfico, tem três advogados: Antonio Amaral, André Salvador e Benedito Melo Neto. O julgamento começou às 8h30 de hoje (31) e a defesa estima que o veredito só seja concedido amanhã, dado o número de testemunhas e a diligência que deve ocorrer nesta tarde.
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Até o momento, o julgamento ocorre com tranquilidade, porém, com segurança reforçada. Policiais do Batalhão de Choque fazem a vigilância externa e todas as pessoas são revistadas, inclusive com detectores de metal, quando entram no prédio do Tribunal do Júri. Haveria o temor de um possível resgate.
O caso
Edson, conhecido no meio policial como "Zóza" teria atirado, acidentalmente, contra um garoto de apenas 11 anos, Dener Washington Matias, quando tentava matar seu desafeto Lincoln de Lima Nascimento, 24, em uma emboscada no Jardim Leste-Oeste.
A criança morreu enquanto brincava na rua e Nascimento saiu ferido, mas sobreviveu. Porém, ele foi assassinado um ano depois e Zóza não teria relação com o homicídio.
A primeira condenação de Zóza foi em 1998, por tráfico. Ele cumpriu três anos de prisão. Zóza também teria liderado o grupo de oito presos de facções rivais que teria negociado um acordo de paz em julho de 2006, que pôs fim à guerra entre gangues na Zona Oeste.