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Vai a júri

Justiça acata denúncia contra rapaz acusado de matar PM aposentado na zona norte de Londrina

Rafael Machado - Redação Bonde
03 abr 2017 às 08:28

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- Reprodução/Polícia Civil
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A juíza da 1ª Vara Criminal de Londrina, Elisabeth Kather, aceitou denúncia do Ministério Público apresentada contra Jeferson Henrique dos Santos Chagas, 27 anos, que é acusado de ter matado o policial militar aposentado Airton Gonçalves, 59 anos, no dia 10 de novembro de 2014 na frente de um supermercado da rua Arcindo Sardo, no Jardim Coliseu, zona norte de Londrina. A vítima, que trabalhava fazendo a segurança do estabelecimento há mais de dez anos, foi assassinada com um tiro na cabeça. Segundo a Polícia Civil, um adolescente de 17 anos também teria participado do crime.

A Polícia Civil conseguiu identificar o autor dos disparos com as imagens do circuito interno de segurança do supermercado onde o PM aposentado trabalhava. Na época, o então delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial, Márcio Amaro, argumentou que as "as roupas ajudaram a reforçar que era o Jeferson atirando contra o policial". Depois do tiro fatal, a dupla fugiu em uma moto e ainda roubou um Ford KA na esquina da rua Tanganica com a avenida Winston Churchill, no Parque Ouro Verde.

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Com a decisão, Chagas vai aguardar julgamento do Tribunal do Júri, que ainda não foi marcado. Ele pode cumprir pena pelos crimes de corrupção de menor, roubo majorado, porte ilegal de arma de fogo, furto qualificado, adulteração de sinal identificador, além do homicídio. Durante interrogatório, o rapaz confessou a autoria do assassinato, mas justificou que "estava drogado" quando "atirou pela única vez". Ele também disse em juízo que "não é assassino, que nunca havia matado ninguém na vida, que atirou e não viu nada".

Procurada pela reportagem, a defesa do réu não quis comentar o caso. Chagas também desconversou sobre a responsabilidade do homícidio, já que ele teria transferido a culpa para o menor quando foi preso. Ainda em interrogatório, o jovem comentou "que o adolescente está no crime há muito mais tempo, comecei a fazer coisa errada só agora". Chagas disse que teria agido "porque haviam mexido com a mulher dele", mas que se arrepende do que fez porque "quer sair desse processo como um homem de verdade".


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