A 6ª Vara Criminal de Londrina realizou na tarde de ontem mais uma audiência relacionada às acusações de crimes sexuais envolvendo o advogado e ex-presidente do Partido Verde (PV) em Londrina Marcos Colli. Na quinta ação que tramita na Justiça, Colli é acusado de ter abusado sexualmente de duas meninas de sete anos. Conforme o Ministério Público, os fatos teriam ocorrido entre 2003 e 2005.
Cerca de dez testemunhas de acusação foram ouvidas durante a audiência, que durou pouco mais de três horas. A promotora da 6ª Vara Criminal, Suzana de Lacerda, afirmou que uma das vítimas teria sido abusada uma única vez em 2005. Já a segunda menina de sete anos teria sofrido abusos constantes entre 2003 e 2005.
"Nesse primeiro caso, em que há a comprovação por fotografias, o Ministério Público fez a opção de não ouvir a vítima em razão de, felizmente, pela idade, ela ter se esquecido dos fatos. Em relação ao segundo caso, em que não há registro fotográfico, haverá necessidade de oitiva da vítima, não tendo o Ministério Público a convicção de que ela se recordará dos fatos", explicou.
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Ainda assim, conforme a promotora, outros elementos comprovam que Colli esteve sozinho com a vítima e agiu de maneira semelhante à verificada nos outros casos apurados. Segundo Suzana, o advogado conquistava a confiança da família e criava uma relação de proximidade com as meninas.
Marcos Colli foi preso em maio de 2013 e transferido para a Penitenciária Estadual de Piraquara, na Grande Curitiba, em julho do ano passado. Atualmente, o advogado cumpre pena na Casa de Custódia de Curitiba. Colli já acumula quatro condenações na Justiça por estupro de vulnerável, num total de 282 anos de prisão. Ontem, o réu não acompanhou a audiência. Segundo a promotora, em razão da distância entre Londrina e a Capital.
Mais de 14 vítimas foram ouvidas pelo Ministério Público nos cinco casos denunciados. "Infelizmente, tem meninas que não foram identificadas. Tinha uma época que ele não registrava os fatos", afirmou Suzana, sem repassar mais detalhes. Fotos e vídeos embasaram as acusações da promotoria.
O advogado de Colli, Mateus Vergara, reclamou da forma de condução dos processos e negou o envolvimento do réu com crimes sexuais. "Ele foi eleito para ser um mártir de uma acusação para dar início depois à caçada que se faria em Londrina, como está se fazendo. Ele não tem relações com os fatos (novos). Ele é vítima de uma doença mental", frisou rapidamente, ao deixar o fórum. As datas das próximas audiências não foram divulgadas.