O Instituto Trata Brasil, em parceria com a consultoria GO Associados, realizou um estudo comparando as melhorias feitas nas 100 maiores cidades do país, entre 2010 e 2011, na área do saneamento básico. De acordo com o levantamento, os moradores de Londrina recebem o 11.º melhor serviço de água e esgoto do Brasil. No Paraná, a cidade, segunda maior em população, fica atrás de Curitiba e Maringá, 10.ª e 3.ª cidades mais bem colocadas no ranking nacional.
A Sanepar, responsável pelo serviço de saneamento em Londrina, garante que quase 100% da população recebe água tratada. O índice envolvendo a coleta do esgoto, por sua vez, gira em torno dos 85%. A companhia lembra, ainda, que realiza diversas orbas no sistema para melhorar o serviço.
Os investimentos totais, segundo a Sanepar, ultrapassam os R$ 35 milhões. As obras incluem a ampliação da Estação de Tratamento de Água Tibagi (R$ 32,6 milhões) e a execução de 3,3 quilômetros de adutoras na região do Aeroporto (R$ 2,4 milhões), uma obra necessária para viabilizar a duplicação da pista do Aeroporto Governador José Richa.
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Apesar das garantias, a Prefeitura de Londrina ainda não decidiu se vai renovar o contrato com a empresa. Atualmente, a Sanepar presta o serviço de saneamento na cidade de forma emergencial. O acordo é renovado desse modo com a companhia desde 2003.
O município pode renovar novamente com a Sanepar, contratar outra empresa ou municipalizar o serviço.
Para embasar a decisão, a prefeitura vai retomar um estudo, encomendado junto à Fundação Getúlio Vargas (FGV) em janeiro do ano passado, para levantar o total de investimentos feitos pela companhia em Londrina nos últimos anos. A análise, de R$ 585 mil, foi 'esquecida' após a primeira etapa. "A fundação recebeu cerca de R$ 80 mil em 2012, mas não deu continuidade aos trabalhos. Quero meu reunir com representantes da FGV para discutir a retomada do estudo", destacou o prefeito Alexandre Kireeff.
É importante, na avaliação dele, verificar o que foi feito pela Sanepar. "Se optarmos pela municipalização, provavelmente a empresa vai pedir um ressarcimento. É interessante saber o que vamos ter que devolver", ressaltou.
O racionamento de água, registrado em alguns bairros de Londrina durante a estiagem no mês passado, também pode influenciar a decisão de Kireeff.
Estudo
O levantamento do Instituto Trata Brasil aponta ainda que, apesar dos investimentos, o serviço de saneamento continua insuficiente no país.
O Governo Federal tem a meta de universalizar o serviço até 2030. O estudo mostra, no entanto, que o país está na metade da velocidade necessária para cumprir o objetivo.
(Atualizado às 18h56)