Uma homem de 53 anos com comorbidade e uma mulher de 64 anos que também tinha doença pré-existente são os primeiros moradores da cidade a perderem a vida em decorrência da dengue neste ano em Londrina. Os óbitos foram registrados nos dias 23 e 31 de janeiro, respectivamente, e após análise das circunstâncias dos falecimentos a confirmação da causa foi feita nesta sexta-feira (9) pela secretaria municipal de Saúde. Desde o início de 2024 já são 5.412 casos notificados da doença, com 1.106 confirmações, 1.168 descartados e 3.138 aguardando o resultado.
Diferentemente dos anos anteriores, o município deverá ter uma epidemia concentrada na região sul, hoje localidade que mais preocupa. “O momento epidemiológico é preocupante. Em que se pese não estarmos num momento de epidemia de dengue, os dados mostram a necessidade de intensificar as ações, principalmente na zona sul da cidade, para que consigamos ‘frear’ os números nas próximas semanas”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado.
Entre as ações que serão colocadas em prática estão a realização de mutirões de limpeza no conjunto União da Vitória e aplicação de inseticida residual nas UBS (Unidades Básicas de Saúde) e escolas municipais da zona sul, por meio de bomba costal.
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“Esse veneno fica impregnado na localidade onde é dispersado. Quando o mosquito pousar, vai se contaminar e consequentemente morrer”, explicou. “A aplicação tem o objetivo de proteger a localidade com grande circulação de pessoas”, completou.
O fumacê, que iniciou no dia 19 de janeiro em diversos bairros, já teve os cinco ciclos encerrados. De acordo com Machado, houve diminuição nos casos notificados nestes lugares.
A partir deste sábado (10) o inseticida voltará a ser utilizado, desta vez em outras localidades das regiões sul e oeste, como Franciscato, Piza, jardim Igapó, Columbia, Olímpico e Parque Universidade. No total, as caminhonetes vão percorrer cerca de 900 quarteirões.
“É muito importante que concomitante com o fumacê também consigamos avançar na remoção dos criadouros, porque não basta matar o mosquito na fase adulta, se não eliminar os criadouros. Nessa atividade toda a população tem a responsabilidade, com cada um fazendo a sua parte. O cenário mostra que quase 90% dos focos estão nos domicílios”, alertou.
O sorotipo predominante na cidade é o um, o mesmo de 2023.
Atualizada às 17h11 para acrescentar uma morte em decorrência da doença.
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