A mãe do garoto de seis anos que morreu durante um incêndio em uma residência no jardim União da Vitória, na zona sul de Londrina, na quarta-feira (22), negou em depoimento que deixou o filho trancado no imóvel. “Ele pegou a bicicleta e levou na minha cunhada. Cheguei e estava com a bicicleta, falei para ele ir guardar (em casa) e aconteceu o ocorrido”, relatou. De acordo com a Polícia Civil "o menino estava sozinho na casa no momento" em que o fogo começou.
LEIA TAMBÉM: Londrina: criança de seis anos morre em incêndio no União da Vitória
A mulher foi questionada pelos investigadores de que, pelo menos, duas pessoas disseram ter arrombado a porta para conseguir acessar o lugar, o que ela negou. “Tenho prova de que a porta não estava fechada”, garantiu. A mãe foi presa em flagrante pelo crime de negligência. Ela foi liberada para cumprir detenção domiciliar com monitoramento eletrônico nesta quinta-feira (23) após passar pela audiência de custódia.
Leia mais:
Obra de drenagem em rua da zona sul de Londrina gera transtornos e apresenta falhas
Distrito da Warta recebe 2ª Festa Rural neste final de semana em Londrina
Rompimento de rede prejudica abastecimento no distrito Guaravera em Londrina
Palestra nesta quarta em Londrina aborda cuidados com idosos com demência
O caso vem sendo investigado pelo Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes). Na casa onde viviam o casal e os dois filhos, sendo o outro mais novo, os policiais encontraram fezes e urina pelo chão, além de comida estragada. “A Polícia Civil do Paraná aguarda laudos complementares que darão auxílio no andamento das investigações”, informou a corporação, por meio de nota.
Entre os laudos estão da Criminalística, sobre as possíveis circunstâncias do incêndio, e do IML (Instituto Médico Legal), que vai apontar a causa da morte. A criança perdeu a vida após o cômodo no fundo do imóvel em que morava com a família de aluguel há nove meses, na rua dos Pastores, pegar fogo. O menino foi a óbito antes que pudesse ser socorrido.
A defesa da mãe do garoto afirmou, em nota, disse que “será provado a inocência da mulher”, que “se encontra extremamente abalada pela sua perda” e que “ela está a inteira disposição para esclarecer todos os fatos”. O Conselho Tutelar acompanhou a família em 2019 por uma situação envolvendo a outra criança.