Com o orçamento curto, a Secretaria de Obras de Londrina necessita de recursos dos governos estadual e federal para reformar as ruas e avenidas da cidade. "Temos dinheiro apenas para fazer a operação tapa-buracos", admitiu o secretário Walmir Matos em entrevista ao Bonde nesta quinta-feira (22).
Atualmente, o município toca três obras importantes na rodovia Mábio Gonçalves Palhano (zona sul), na avenida Angelina Ricci Vezozzo (zona leste) e na avenida Castelo Branco, na região oeste.
As empresas contratadas têm o objetivo de duplicar as vias. As obras na Mábio e na Angelina estão sendo executadas com recursos federais pela KRB Construtora. Já a duplicação da Castelo Branco é feita com verba estadual, do programa Paraná Cidades, pela Gaissler Moreira Engenharia Civil Ltda.
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A dependência dos recursos externos prejudica o andamento das obras. A duplicação da Mábio e da Angelina só foi retomada nesta semana, após o envio de recursos por parte da União ao município.
Os procedimentos envolvem construção de pontes no caso da rodovia Mábio Gonçalves Palhano e recape asfáltico na avenida Angelina Ricci Vezozzo. "Sem o repasse, a empresa não faz as obras. Precisamos esperar e torcer pelo envio do dinheiro", destacou o secretário de Obras.
Já em relação às obras na avenida Castelo Branco, Walmir Matos culpou a empresa responsável pela duplicação. "Tivemos um pequeno problema no início dos trabalhos, por conta da nossa impossibilidade de fazer o rebaixamento do lago Igapó. Mudamos o projeto e a empresa iniciou as obras, mas não fez nenhum esforço para recuperar o tempo perdido", explicou.
O município enviou ofício para a construtora pedindo agilidade nas obras. A terceirizada tem até junho para concluir os trabalhos.
Recape
A Secretaria de Obras conclui, ainda, dois processos de licitação para o recape asfáltico de ruas e avenidas de diversas regiões da cidade. Um deles será tocado com verba da Caixa Econômica Federal e o outro com dinheiro do programa Paraná Cidades. "Há, ainda, a revitalização das avenidas Saul Elkind e Tiradentes. Os processos devem ser homologados em breve", garantiu o secretário.
As obras citadas na reportagem devem custar cerca de R$ 30 milhões aos cofres da União e do Estado. "Mas vale lembrar que só a obra da Mábio Gonçalves Palhano é a fundo perdido. O restante são empréstimos que o município vai ter que pagar", concluiu Walmir Matos.