O discurso de retratação do vereador Filipe Barros (PRB) durante a sessão desta terça-feira (2) na Câmara Municipal sobre o vídeo em que aparece xingando os grevistas de 'vagabundos' foi bem recebida pelos representantes dos sindicatos que organizaram a greve geral da última sexta-feira (28). Porém, o presidente do Sindicato dos Eletricitários de Londrina, Sandro Adão Runkhel, achou "louvável a atitude do parlamentar", mas argumentou que as palavras de Barros não "impedirão a reação do movimento".
As estratégias foram definidas em uma reunião realizada na última segunda-feira (1º) no Sindicato dos Bancários, na Avenida Rio de Janeiro. Dentre outros itens debatidos, ficou agendado um protesto para a próxima quinta-feira, a partir das 13h, antes da sessão da Câmara. Os sindicalistas levarão as carteiras de trabalho como forma de manifestação simbólica. Segundo Runkhel, o ato está mantido, assim como a representação na Comissão de Ética.
Ele preferiu não adiantar a data em que o pedido de investigação da conduta do vereador será protocolado, mas afirmou que "tudo será resolvido pelos advogados até a próxima quinta-feira". Durante a sessão de hoje (terça), Filipe Barros reconheceu que se "excedeu na elaboração do vídeo", divulgado nas redes sociais oficiais do parlamentar. No entanto, ele não teve o mesmo tom ao comentar o conteúdo das críticas que, segundo ele, foram direcionadas "aos sindicatos".
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Runkhel reafirmou que a manifestação do dia 28, que teve a participação de 15 mil em Londrina, foi "pacífica, ordeira e dentro da lei". "Não houve nenhum incidente. Protestamos contra as reformas trabalhistas e previdenciária de uma forma legal e justa. Nós aceitamos a retratação, mas é preciso que a sociedade entenda que os nossos representantes públicos, como os vereadores, precisam dar exemplo. Infelizmente, não foi o que aconteceu em relação ao Filipe Barros", comentou.