Morreu no último sábado Maria Geir da Rocha, 69 anos, mulher que teria sido contaminada por mercúrio durante uma cirurgia cardíaca realizada no Hospital Evangélico (HE) de Londrina, em 1998. O sepultamento será hoje. A família da paciente registrou boletim de ocorrência solicitando a necrópsia do corpo.
Segundo um dos filhos de Maria, o representante comercial Wedson Pereira Geremias, a contaminação partiu do aparelho colocado no punho para medir a pressão durante o procedimento cirúgico. O mercúrio teria entrado na corrente sanguínea da paciente. Wedson conta que, após constatar o fato, o hospital deu encaminhamento ao tratamento, enviando Maria a um renomado toxilogista de São Paulo. ''Mas ele disse que não havia com o que se preocupar. E mandou tomar analgésico para dor. Eu gravei toda a conversa'', relata.
Como Maria continuava a passar mal, a família resolveu procurar outro especialista em Botucatu (SP). ''Ele foi taxativo. Disse que precisava eliminar o foco da contaminação e amputou três dedos da mão dela''. Apesar da melhora, o problema persistia. Foi quando um médico de Maringá constatou que ela já havia perdido 80% dos rins'', conta Wedson.
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Depois de vários embates entre a família e o Evangélico, com ações movidas de ambas as partes, um parecer da justiça determinou que o hospital deveria dar assistência médica e pensão à paciente, o que foi cumprido durante os últimos dois anos, segundo a família. Os filhos pedem, na justiça, indenização. De acordo com a assessoria de imprensa do Evangélico, o hospital só vai se manifestar após os resultados da necrópsia e do processo que está tramitando na justiça.