A Polícia Civil trabalha com a hipótese de crime passional no caso da morte de Vanderlei Vitti Fernandes, 44 anos, agente penitenciário encontrado degolado no final da manha desta quinta-feira (6), em Londrina. Ele estava caído na cama, dentro de sua própria casa, no condomínio residencial VilleFort, na zona norte.
De acordo com o investigador e superintendente da 10ª Subdivisão Policial (SDP) de Londrina, Vanderlan Luiz Melo, o suspeito teria tido um relacionamento amoroso com a vítima. "Ainda não sabemos como o crime ocorreu, mas acreditamos que o agente pode ter se desentendido com o autor, que estaria sob efeito de drogas ou álcool", disse, em entrevista ao Portal Bonde. "Pode ter acontecido uma discussão e o suspeito acabou tirando a vida de Vanderlei. Em princípio, são apenas hipóteses. A comprovação se dará após a prisão e depoimentos do homicida", explicou. Ter a entrada ao condomínio consentida pelo agente também reforça a suspeita da Polícia.
O fato do assassino ter levado objetos de valor da casa de Fernandes, como notebook e televisão, configuraria latrocínio, porém esta não seria a intenção inicial. "Depois de tê-lo matado, ele pode ter aproveitado a oportunidade para levar pertences", analisou. O Honda Fit da vítima também foi encontrado abandonado no Conjunto Habitacional Jerônimo Nogueira, sem as duas rodas traseiras.
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Vanderlei morava sozinho e estava licenciado de sua função no Centro de Reintegração Social de Londrina (Creslon) por questões médicas. O superintendente também descartou qualquer relação com facções criminosas e a série de ataques a agentes penitenciários registrada nos últimos meses, na região de Londrina. "A vítima era extremamente querida pela população carcerária", justificou.
As diligências em busca do autor do crime, que seria um ex-presidiário, continuam nesta sexta-feira (7). Até o início da noite, ele não havia sido localizado. "A investigação está bem adiantada. Já temos o nome do suspeito e, inclusive, fomos até a casa dele ontem à noite, mas não conseguimos encontrá-lo", adiantou Melo. O nome dele segue em segredo para não atrapalhar as investigações.
A expectativa é que a prisão seja concretizada ainda hoje. "Conseguimos identificá-lo após intenso trabalho de investigação, por meio de depoimentos de vizinhos, familiares e porteiros do condomínio. Não tínhamos imagens, pois o local não possui sistema de monitoramento", finalizou.