A Câmara Municipal de Londrina recebeu, no início da noite de sexta-feira, mais uma denúncia com pedido de cassação protocolada por um cidadão comum contra um membro do Legislativo. Dessa vez, o alvo foi somente Orlando Bonilha (PR), que junto com três vereadores já está sendo investigado pela Comissão de Ética da Casa por extorsão e formação de quadrilha.
O autor da nova representação foi o motorista Marcos Antonio Frasson, 42 anos. Sem apresentar fatos novos, Frasson se restringiu a anexar ao documento o depoimento prestado pelo ex-vereador Henrique Barros (sem partido) ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em janeiro. Foi nessa oitiva que Barros, preso em flagrante com R$ 9,9 mil recebidos de dois empresários, apontou os vereadores Bonilha, Renato Araújo (PP), Osvaldo Bergamin (PMDB) e Flávio Vedoato (PSC) como seus comparsas em esquema de cobrança de propina para aprovação de projetos de lei.
''Fiz isso como cidadão indignado com a situação da Câmara. A gente dá carta de crédito para os nossos representantes fazerem alguma coisa boa e depois descobre isso tudo'', justificou o autor da representação. Frasson disse que quer evitar que o caso seja engavetado e que, mesmo tendo ''esperança que ninguém tenha culpa no cartório'', acha que as denúncias são graves. ''Se uma coisa dessas acontece na sua casa, você não vai ver, não vai fazer nada?'', questionou.
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Ao explicar por que decidiu representar somente contra Bonilha, o motorista cometeu um equívoco: disse que o vereador era presidente da Câmara quando as supostas irregularidades ocorreram, no segundo semestre do ano passado. Bonilha ocupou o cargo até o início de 2006, quando a presidência foi passada para Sidney de Souza (PTB). Bonilha declarou não ter dúvidas de que se trata de ''perseguição política'', orquestrada por um grupo que estaria ''usando'' Frasson.
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