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Em Londrina

MP é acionado e consegue transferir paciente

Redação - Folha de Londrina
29 jul 2003 às 19:56

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O Ministério Público (MP) precisou intervir hoje para que um paciente que estava internado no Hospital da Zona Norte (HZN), em Londrina, fosse transferido para um leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Depois de mais de uma hora de tentativas frustadas, a assistente social do MP, Maria Giselda de Lima, conseguiu uma vaga no Hospital do Câncer (HC). Apesar do esforço, o paciente Cícero Leandro de Souza, 33 anos, morreu horas depois, em decorrência de uma parada cardíaca. Durante a madrugada, uma criança de 2 anos, faleceu no Hospital da Providência, em Apucarana, depois de ficar seis dias esperando por um leito em uma UTI.

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O promotor plantonista da Promotoria de Defesa da Saúde Pública, Leonir Batisti, afirmou que pretende se reunir com o titular da promotoria, Paulo Tavares, quando este retornar de férias, e definir a abertura de um procedimento investigativo para apurar a real condição dos leitos da UTI, em Londrina. Ele acrescentou que é preciso definir quantos leitos existem à disposição de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e quantos são realmente utilizados por essas pessoas.

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O Ministério da Saúde liberou a implantação de 122 leitos de UTI para o Paraná, ainda sem previsão de funcionamento. Londrina terá 20 leitos.

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Para Batisti, o fato do MP precisar intervir junto aos hospitais, é um claro exemplo de que existem falhas no sistema integrado de saúde. Segundo ele, a investigação deverá, também, buscar descobrir os motivos que resultam nessa deficiência do setor. Sobre as mortes, que teriam ocorrido em virtude da falta de leitos, o promotor disse que isso também será investigado. ''Se ficar constatado que houve culpa, o caso pode ir à Justiça'', frisou.


Maria Giselda de Lima esclareceu que essa não foi a primeira vez que a promotoria foi acionada para intervir num caso de falta de leito em UTI. Na semana passada, segundo ela, quando quatro pessoas morreram no HZN, a direção do hospital procurou o MP. Mas naquela oportunidade nem a intervenção do Ministério Público foi suficiente para salvar a vida dos pacientes.

A vaga na UTI para Cícero de Souza veio do HC, pois os demais hospitais continuam com as vagas preenchidas. No HU, a UTI adulta estava com os 17 leitos ocupados. Na neonatal, com capacidade para sete, haviam 11 recém-nascidos internados. Na Santa Casa, os 22 leitos gerais estavam lotados. E no Evangélico, a unidade com lugar para 13 adultos, estava com 16 internados.


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