A Polícia Civil de Londrina está preocupada com o número de ocorrências do chamado golpe de bilhete. Nos últimos dias, quatro vítimas registraram queixa. A última foi uma mulher de classe média alta que se identificou apenas como Luiza. Ela foi vítima de uma dupla de farsantes que circulava próximo a esquina da Rua Souza Naves com Avenida Juscelino Kubitscheck, na área central. A vítima perdeu US$ 5 mil.
Segundo Luíza, um senhor com aspecto simples e sotaque gaúcho a abordou para pedir informação sobre um endereço que, aparentemente, não existia. O senhor disse que era analfabeto, que morava em uma fazenda e que teria vindo a cidade para tentar descobrir se um bilhete da Loteria Federal - segundo ele, um troco de uma compra de roupas de um mascate - já havia corrido. O farsante disse que tinha um número de telefone para este tipo de consulta, mas que não sabia fazer a ligação.
Conforme o relato da vítima, neste momento apareceu uma mulher bem vestida, magra e de aparentemente 40 anos, de cabelos cor de acaju, se oferecendo para solucionar o problema. Ela ligou para o suposto número da consulta e mostrou surpresa, dizendo que estava premiado. O suposto ganhador teria dito que não saberia como agir para obter o dinheiro e que daria R$ 20 mil para cada uma delas para retirar o montante, que chegaria a quase R$ 300 mil. Neste ponto, a mulher farsante aceita a proposta, induzindo Luiza a fazer o mesmo.
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O senhor pede então uma garantia em dinheiro para que a dupla não fuja com o bilhete premiado. A farsante finge ir ao banco, volta e entrega um maço (possivelmente recheado de papel sem valor) de notas de R$ 100,00, dizendo ser todo o dinheiro que possui, cerca de R$ 20 mil. A vítima decide entregar suas economias: US$ 5 mil guardados em casa.
Ambas saem e após caminhar alguns quarteirões, a farsante diz que vai até o estacionamento, pois havia esquecido os documentos dentro do carro. Alegando desconfiança, ela pede para a vítima retornar até o local onde estava o senhor. Ela volta, mas os dois farsantes desaparecem. "Não tinha interesse em ganhar dinheiro, só queria ajudar uma pessoa humilde", disse Luiza, chorando compulsivamente na delegacia.