O motorista de Londrina anda com o pé mais pesado no acelerador em 2013. Segundo dados da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), entre janeiro e o final da primeira quinzena de dezembro, 34.985 das 114.709 multas de trânsito aplicadas em Londrina dizem respeito a excessos de velocidade. O valor é 34% maior que o de 2012, quando foram registradas 25.998 infrações deste tipo nas vias da cidade. Na comparação com 2011, o crescimento chega a 141%.
Um dos motivos apresentados pelo diretor de trânsito da CMTU, major Arnaldo Sebastião, é a intensificação da fiscalização nas vias de maior movimento. "A equipe é pequena, contamos com quatro radares, mas neste ano atendemos reclamações da população quando foi pedida uma maior fiscalização nas vias em que os motoristas não respeitam a lei".
Do total de 34.985 multas, 28.129 foram por trafegar até 20% acima da velocidade permitida na via. A infração é considerada média, com perda de quatro pontos na carteira e pagamento de R$ 85,13. Na sequência, aparecem 6.313 infrações graves - quando o motorista transita com velocidade entre 20% e 50% maior que o limite da via -, com perda de cinco pontos e taxa de R$ 127,69. Em menor número, 543, estão as gravíssimas - acima de 50% da velocidade máxima -, com perda de sete pontos e multa de R$ 574,60.
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No período analisado, apenas com as infrações de velocidade, a CMTU arrecadou mais de R$ 3,5 milhões.
A companhia informa, no entanto, que apenas parte do valor fica disponível para ela por meio do Fundo de Urbanização de Londrina (FUL), que prevê a obrigatoriedade do investimento do dinheiro em melhorias e manutenção das ruas e avenidas da cidade. A entidade não informou a porcentagem de cada multa que é destinada ao FUL.
Em seu primeiro ano à frente da diretoria, Sebastião alega faltar ao londrinense maior atenção às velocidades permitidas. Ao mesmo tempo, ele concorda que em alguns casos as placas de sinalização ficam muito distantes uma da outra, gerando desinformação.
"Nós não queremos ficar multando as pessoas. A ideia é fazer o motorista entender que é preciso dirigir atento à sinalização. Se isto está errado, ele precisa ser reeducado", diz. O diretor pretende realizar campanhas educativas em 2014 para melhorar a obediência aos limites. Outra iniciativa desejada é aumentar a sinalização nas vias da cidade, mas ainda não há projetos elaborados.
O diretor também se mostrou contrário à instalação de radares fixos nas vias da cidade. "Vejo o radar móvel como um método mais eficaz para educar o motorista, porque ele nunca sabe onde está e acaba se forçando a prestar atenção na sinalização. Já o fixo não tem esta capacidade de educar. O motorista se acostuma e reduz a velocidade apenas nos locais fiscalizados", argumenta.
Outras infrações
Desconsiderando os últimos quinze dias do ano, cuja estatística ainda não foi fechada, 2013 registrou a aplicação de 114.709 multas em Londrina. Além das 34.985 por excessos de velocidade flagradas pelos radares da CMTU, houve mais 27.206 infrações observadas pelo sistema de vídeo-vigia, que registra irregularidades nos semáforos. Mais de 25 mil motoristas furaram o sinal vermelho e 2.129 pararam sobre a faixa de pedestres.
As 52.760 multas restantes foram aplicadas pelos cerca de 50 agentes da CMTU em talonários eletrônicos, os chamados PDA, que funcionam em palmtops. O sistema entrou em operação em 2012, aposentando os talões de papel e as canetas. Entre os destaques estão condutor ou passageiro sem cinto de segurança (11.608), dirigir com fones de ouvido (10.995) e estacionar em local irregular (6.068).