A vida da jovem Maria Julia Queiroz, 18, atacada na região do aterro do Lago Igapó enquanto praticava uma das suas atividades de lazer favoritas, deverá demorar para ter a mesma qualidade. Desde que foi surpreendida por um homem desconhecido e que também parecia utilizar roupas de corrida, na manhã deste domingo (31), a ansiedade tem batido à sua porta com maior frequência e o medo foi capaz de influenciar toda a rotina da sua família.
“Muda o contexto da minha vida. Não posso mais sair de casa sem a minha mãe entrar em pânico. Ir estudar, trabalhar, mudou a perspectiva da minha família", lamentou à FOLHA. A reportagem entrou em contato com a Guarda Municipal e a Delegacia da Mulher, que ainda não divulgou como estão os primeiros passos do inquérito aberto para identificar o agressor.
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“Não quero uma vingança, mas justiça. Eu posso não ter sido a primeira (vítima) e nem a última. Diversas mulheres passam por isso em silêncio. Eu corria no lago era algo que gostava, um direito como cidadã e que foi retirado”, lamentou Queiroz, que seguia pela pista de caminhada da rua Bento Munhoz da Rocha Neto, na esquina com a rua Jerusalém, quando foi surpreendida por trás, com poucas chances para reagir e até ver o rosto do seu agressor.
Ela contou que teve a boca fechada pelo homem e chegou a cair no chão após o impacto dos corpos, o que lhe rendeu escoriações nos braços e na perna. Em seu relato, feito às forças de segurança no mesmo dia e em sua casa, também descreveu o agressor como um homem alto, forte, negro e de meia idade, e que acredita que sua intenção era empurrá-la em direção à mata.
Para a jovem, a tentativa de estupro só não foi consumada porque o homem desistiu ao perceber a presença de uma ambulância. “Foi a minha sorte porque ele se tivesse me jogado para o mato (..) Eu gritei bem alto, mas não tinha ninguém na rua. Então não iria adiantar de nada. Ele me surpreendeu e provavelmente viu a ambulância antes de mim", explicou.
Assustada e com escoriações pelo corpo, a jovem foi socorrida pelos profissionais que estavam na ambulância que pertence a um plano de saúde privado, e que a levaram para casa.
De acordo com ela, a esperança na identificação do homem está no registro feito por uma câmera da Guarda Municipal. Ela acredita que as imagens possam mostrar o momento em que ela passava pela via e é seguida pelo homem. No entanto, ainda não foi chamada para analisar o conteúdo, o que deve acontecer no decurso do inquérito conduzido pela Polícia Civil.
LEIA A REPORTAGEM COMPLETA NA FOLHA DE LONDRINA.