O número de acidentes com morte em Londrina teve aumento de 27% em comparação ao mesmo período do ano passado em Londrina. De acordo com dados do Placar do Trânsito, levantado e divulgado pela CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), foram 33 mortes contra 26 em 2017.
Os episódios de atropelamento com morte também tiveram aumento. Foram seis mortes no ano passado contra 12 neste ano. Em relação às mortes de motociclistas, a CMTU também registrou aumento. Em comparação a 2017, houve aumento de 18%. Já o número total de acidente sem vítimas diminuiu 6% e 9% nos primeiros quatro meses deste ano.
Conforme os dados levantados, a taxa de morte nas ruas e avenidas de Londrina ficou em 17,72 para cada grupo de 100 mil habitantes. Em 2017, o índice total foi de 16,20.
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Perfil das vítimas
Dentre os episódios fatais, 28 envolveram homens e em cinco, mulheres. O estudo indica que a faixa etária predominante está entre os 18 e 30 anos, com 15 casos, seguida dos 31 aos 59 anos, com 12. O público acima dos 60 anos registrou 6 mortes, sendo 5 por atropelamento. Quinze pessoas vieram a óbito no local do acidente, 12 nas primeiras 24h após o acontecido e seis depois desse intervalo.
Foram 29 mortos na área urbana de Londrina, com a PR-445 em primeiro lugar entre as vias mais violentas. O trecho que corta o município entre Cambé e a saída para Curitiba contabilizou quatro casos, enquanto a parte rural da rodovia somou dois. Entre as ruas e avenidas administradas pela CMTU, a Saul Elkind, a Angelina Ricci Vezozzo, a Raposo Tavares e a rua da Ginástica Olímpica computaram, cada uma, duas mortes.
Na análise do diretor de Trânsito da CMTU, Pedro Ramos, os números indicam que o motorista londrinense tem deixado de obedecer a legislação viária. "Podemos observar que a imprudência e o desrespeito à sinalização foram os principais causadores de acidentes em boa parte dos casos. Tanto é que as ocorrências diminuíram, mas a gravidade permaneceu."
O diretor afirmou que, para reverter os índices de violência, a CMTU irá retomar as blitze em parceria com a PM (Polícia Militar). "Vamos intensificar a fiscalização, mas de uma maneira diferente. A intenção é fazer o bloqueio viário para a abordagem dos condutores e, ao mesmo tempo, manter fiscais circulando pelas vias adjacentes", explicou.
Segundo Ramos, o objetivo é que o patrulhamento no entorno durante as blitze seja capaz de identificar indivíduos em comportamento suspeito ao volante. "No trabalho em conjunto a PM vai ampliar a capacidade de fiscalização. Assim, se localizarmos motoristas em situação duvidosa, poderemos abordá-lo e conduzi-lo ao ponto de bloqueio, a fim de uma checagem mais minuciosa."
Multas
O Placar do Trânsito revelou também que, entre janeiro e abril, o número de autuações emitidas em Londrina chegou a 52.938. O montante engloba as multas emitidas por agentes da companhia ou da PM, por ação dos radares fixos e móveis e as geradas devido a não identificação de condutor.
Ultrapassar a velocidade máxima permitida para a via em até 20% foi a infração mais cometida na cidade durante o primeiro quadrimestre, com 23.087 registros. Em segundo lugar está avançar o sinal vermelho do semáforo, com 5.966 casos, e exceder o limite de circulação entre 20% e 50%, com 4.336 episódios.