O chefe médico do Centro Cirúrgico do Hospital Universitário de Londrina, Sylvio Villari Filho, classificou como fatalidade o fato de uma paciente - a auxiliar de enfermagem Vanderleia Cardoso Cesar - ter sido recebido anestesia geral, mas não ter sido operada para uma correção de tímpano por falha em um equipamento. O fato ocorreu na terça-feira da semana passada (1). Além de ser sedada, a mulher teve a cabeça raspada e foi feito um corte em próximo de sua orelha.
Villari Filho explicou que a sala possuía dois equipamentos - formados por brocas e canetas para perfurar o osso do crânio - mas nenhum funcionou.
"Todo procedimento em que se vai usar o equipamento é feita uma checagem de seu funcionamento 24 horas antes. No caso, eles foram testados, funcionaram adequadamente, foram para esterilização mas, após a incisão da pele, se constatou que nenhum dos dois estava funcionando".
Leia mais:
Solução para segurança púbica vence 1º Hackathon Smart Cities, em Londrina
Conheça os nove filmes que marcam os 90 anos de Londrina
Sesc comemora o aniversário de Londrina com shows gratuitos neste domingo
Confira dicas de segurança para se proteger durante as compras de Natal em Londrina
Os aparelhos teriam apenas dois anos de uso. Ele comentou que não era recomendado manter a paciente internada para fazer a cirurgia outro dia por causa do risco de infecção. Um novo agendamento terá que ser feito via Secretaria Municipal de Saúde.
Auditoria
O reitor da UEL, Wilmar Marçal, determinou a realização de uma investigação para apurar o que estava errado com o equipamento. A assessoria de imprensa da universidade, responsável pelo HU, explicou que a auditoria será feita por profissionais do hospital e tem objetivo de investigar os procedimentos adotados para realizar a cirurgia.
A expectativa é que o trabalho dure cerca de 10 dias. Só após sua conclusão, a UEL irá definir se será ou não instaurada uma sindicância para apurar as responsabilidades dos profissionais. (Com informações de Luciano Augusto/Folha de Londrina).