A auxiliar de cozinha Claudia Lima Olimpio trabalha no centro de Londrina e todos os dias espera o ônibus do transporte coletivo no ponto que fica na avenida Higienópolis, perto do cruzamento com a avenida Juscelino Kubitschek, duas das principais vias da cidade. No lugar, tem que enfrentar a estrutura suja, pichada e com um dos vidros estilhaçado. “Deveriam dar mais atenção para isso. Só arrumam em época de eleição. Não se importam com o trabalhador que depende desse ponto”, reclamou.
Assim como a estrutura da Higienópolis, a grande maioria dos 93 abrigos do modelo Superbus está vandalizada e sem nenhum tipo de manutenção, o que se torna um problema para os passageiros. Em muitos pontos, os vidros que deveriam proteger contra a chuva foram arrancados. Além disso, apresentam ferrugem e diversos rabiscos. “O pessoal paga pelo ônibus e tem uma estrutura como essa, feia. O povo não merece, é falta de respeito”, desabafou o aposentado João Ramos Lourenço.
Os abrigos para o projeto Superbus foram implantados em 2017 pela Prefeitura de Londrina com a promessa de deixar os locais de embarque e desembarque dos coletivos mais modernos, confortáveis e acessíveis. Estes pontos foram colocados, principalmente, na área central, zona sul e nas avenidas mais movimentadas das regiões leste e norte. Desde então, a ideia de colocar sistema inteligente de operação, com painéis eletrônicos, nunca saiu do papel.
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Na avenida Duque de Caxias, por exemplo, nem a estrutura que fica em frente aos prédios do Executivo e do Legislativo escapou da ação de vândalos e da falta de cuidado do próprio poder público. Uma parte do vidro que deveria resguardar da chuva já não existe mais, a fiação para iluminar foi furtada e até vegetação está crescendo em cima do teto. “Se está desse jeito é porque alguém veio destruir. Mas é de responsabilidade da prefeitura arrumar e tentar manter um lugar digno. Uma cidade desse tamanho ter pontos iguais a esse é uma vergonha”, desabafou a auxiliar de escritório Daniele Dias.
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