Uma grande quantidade de peixes apareceram mortos na manhã deste domingo no Lago Igapó 2. Nas margens do lago diversos peixes ainda agonizavam. Avisados pela Folha, fiscais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) estiveram no local e colheram diversas amostras de água para análise.
Segundo o chefe do escritório regional do IAP, Ney Paulo, o órgão irá trabalhar com três hipóteses: falta de oxigenação da água por excesso de algas, poluição industrial e brusca variação na temperatura da água. As análises iniciais irão avaliar a quantidade de oxigênio dissolvido e a toxicidade da água. Ney Paulo prevê que os primeiros resultados fique prontos em seis dias.
O professor do Departamento de Biologia Animal e Vegetal da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Oscar Akio Shibatta, considerou curiosa a morte dos peixes. Ele levou alguns exemplares mortos para avaliação.
Numa análise superficial dos peixes recolhidos, Shibatta apontou diversos sinais que podem indicar a morte dos peixes por contaminação com as larvas dos moluscos que vivem no lago. O professor não acredita na hipótese da ação das algas, pois a água do lago estava transparente e nem na mudança brusca de temperatura da água.
Shibatta disse que havia visitado o lago no sábado à tarde e o comportamento dos peixes era normal, com atitudes típicas de espécies em fase reprodutiva. O professor destacou ainda que, entre os peixes que apareceram mortos, tilápias, acarás e traíras, não estavam exemplares de todas as famílias que habitam o lago.
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Durante a vistoria, os fiscais do IAP apreenderam o material de dois pescadores que estavam no Igapó 1 próximos à ponte da Avenida Higienópolis. Eles estavam usando anzóis do tipo lambada (três anzóis em um só equipamento), proibidos por caracterizar pesca predatória.