O nome do projeto mudou, assim como a data para o início e a conclusão das obras. O Bus Rapid Transit (BRT), rebatizado Superbus pela Prefeitura de Londrina, vai começar a sair do papel só no final de 2016. O município tem até dezembro do próximo ano para finalizar a remodelagem dos projetos e dar início aos processos de licitação necessários para a contratação das empresas que ficarão responsáveis pelas obras. As terceirizadas deverão concluir o procedimento, com o novo sistema devidamente implantado, em 2020. É o que prevê o cronograma formulado pela prefeitura nesta semana em parceria com a ONG Embarq Brasil, especializada justamente em projetos de mobilidade urbana.
Pela proposta original, o Bus Rapid Transit seria licitado no ano que vem e as obras finalizadas até 2018. "O BRT é moda. Muitas cidades levaram isso em conta e se arrependeram profundamente depois. Não podemos tomar decisões precipitadas. Seria inconsequente", argumentou o assessor de Projetos Estratégicos da Prefeitura de Londrina, Carlos Alberto Geirinhas.
Ainda de acordo com o novo cronograma, o Superbus será um sistema de transporte "inteligente, integrado e sustentável". Geirinhas adiantou que o município pretende reaproveitar algumas características dos projetos originais na nova concepção do sistema. Uma delas é a construção de duas linhas rápidas de ônibus interligando as regiões norte/sul e leste/oeste. "Estudos feitos anteriormente mostram que o setor norte e sul, por exemplo, comporta não só uma, mas duas linhas do tipo", acrescentou o assessor.
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Geirinhas lembrou, entretanto, que ainda é muito cedo para revelar as principais características do novo sistema. "A modelagem só ficará pronta após as análises e os estudos necessários".
Os projetos originais do BRT também previam a execução de 13 grandes intervenções no sistema viário de Londrina, entre viadutos, trincheiras, elevados e novos terminais. O assessor afirmou que o poder público vai reavaliar a necessidade de construir as estruturas com o objetivo de "baratear" as obras. "Os viadutos, por exemplo, encarecem demais os projetos, e o dinheiro gasto durante as obras vai precisar ser pago depois", destacou Geirinhas, lembrando que os R$ 123 milhões do Governo Federal reservados para o Superbus integram um financiamento a ser quitado pelo município futuramente. A prefeitura terá cinco anos, após a conclusão das obras, para pagar o empréstimo.