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Iniciativa da população

População se une para viabilizar novo centro de monitoramento da Guarda Municipal

Rafael Machado - Redação Bonde
26 out 2016 às 15:20

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- Reprodução
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Cansados do aumento de roubos, furtos e demais ocorrências policiais, associados do Conselho de Condomínios Residenciais e Comerciais da Gleba Palhano (ConGP) e do Vale dos Tucanos, bairros localizados na zona sul de Londrina, resolveram agir por conta própria e chamar o poder público para viabilizar a construção da nova Central de Monitoramento da Guarda Municipal de Londrina. O projeto, desenvolvido pela própria comunidade, prevê a modernização do atual sistema que hoje funciona em uma sala cedida no piso inferior da Caapsml, ao lado do prédio principal da prefeitura.

Dentre as iniciativas a serem implantadas, estão a ampliação do número de câmeras de segurança - hoje são 278 espalhadas pelos principais pontos públicos da cidade - e fornecimento de estrutura, como armamento, motos e carros para acompanhamento tático, para os guardas municipais. A antiga sede da Associação Galvão Bueno, situada na rua José Nogueira Franco, próximo à avenida Waldemar Spranger, foi o imóvel escolhido após uma série de discussões entre representantes da administração municipal e membros das associações dos dois bairros.

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De acordo com a Secretaria de Defesa Social, o gabinete do secretário, a diretoria administrativa, a corregedoria e o Grupo de Comunicação e Monitoramento (GCOM) devem ser transferidos para o novo endereço, que já foi cedido pela prefeitura. "Trata-se de uma parceria público-privada que está sendo firmada com os moradores. O próximo passo é consultar a Procuradoria do Município para verificar se o processo tem respaldo jurídico. Com esse aval, passamos para a implementação concreta do projeto", avaliou o diretor administrativo e atual secretário interino de Defesa Social, Deividy André Vieira Leal.

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Na manhã desta quinta-feira (27), um novo encontro foi realizado na sede da Caapsmal entre moradores, Guarda Municipal e construtoras que possam reformar e adequar estruturalmente o prédio da antiga associação. "Não estamos falando de uma grande obra. Boa parte das instalações permanece intacta. Precisamos fechar as paredes e completar a cobertura, além de outros serviços", comentou Alexandre Henrique Saito, idealizador e responsável pelo desenvolvimento da proposta. Formado em Desenho Industrial e Tecnologia da Informação (TI), Saito resolveu utilizar a formação acadêmica para tentar resolver um problema que afeta todo londrinense. "Moro na cidade há apenas um ano e meio, mas já sinto os efeitos da insegurança", disse.

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Na Gleba Palhano, onde atualmente reside, o número de roubos a pessoas e arrombamento a estabelecimentos comerciais aumentou de forma assustadora. "Ninguém pode sair mais desatento para ir ao shopping, padaria ou simplesmente correr no Lago Igapó. Estamos assustados", argumentou. Os próprios moradores, no entanto, tentaram contraram uma empresa privada de segurança. "Na nossa visão, não é a melhor iniciativa, já que os vigilantes não têm poder de polícia. Por isso, resolvemos atuar em conjunto e apresentar melhorias para a Guarda Municipal".


O projeto inteiro está orçado em aproximadamente R$ 8 milhões, recursos que serão custeados pela própria comunidade. "Sabemos do momento difícil que a prefeitura vive na linha financeira. Quanto mais gente participar, melhor para todo mundo", reiterando que representantes de outros bairros podem procurar a Guarda Municipal para ajudar na proposta. Por enquanto, apenas a Associação de Moradores do Vale dos Tucanos, também na região sul, demonstrou interesse em participar da iniciativa. "É um valor alto, mas que pode ser cotizado entre todos que vivem por aqui. É um investimento que valerá a pena", avaliou a presidente da entidade, Maria Inês Gomes. "Também estamos reféns da criminalidade".

Conforme Saito, a comunidade quer garantir reforço no cotidiano dos guardas. "Já adquirimos quatro motos, dois carros para acompanhamento tático e armas específicas para dispersão de multidões em contextos de confusão. O objetivo é que o desejo de mais segurança saia o mais rápido possível do papel. "Se as construtoras aceitarem a nossa sugestão, quem sabe em seis meses entregamos a nova Central de Monitoramento da GM. É algo que pode ser alcançado com o esforço de todos.", ponderou.


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