Em reunião realizada durante toda a sexta-feira (30), com mediação do Ministério Público Federal e Estadual, a Prefeitura de Londrina apresentou uma proposta aos médicos plantonistas afim de evitar a paralisação anunciada para domingo (1º de novembro).
Na proposta, a prefeitura se compromete a pagar até o dia 9 de novembro uma parcela dos quatro meses atrasados que reivindicam os médicos, montar uma comitiva que irá a Brasília no próximo dia 5 em uma reunião no Ministério da Saúde e formar uma comissão que deverá revisar os contratos da prefeitura com os médicos.
Em entrevista à rádio CBN, o prefeito Barbosa Neto (PDT) falou no entanto que a prefeitura não tem dinheiro em caixa para fazer esse pagamento e não quis falar em valores, mas disse que na próxima semana deve estudar de quais secretarias o dinheiro vai sair, já que o pagamento precisa ser feito com recursos próprios e não com federais.
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"Nós vamos chegar essas contas desse mês, não é um valor fechado, mas não importa até o valor. O importante é que nós assumimos esse compromisso com a intervenção do Ministério Público Federal e Estadual no sentido de garantir a continuidade dos serviços. Os valores, eles são realmente impeditivos, é a falta de recursos obviamente que levou a essa situação. Há uma questão da fonte, que é um outro ponto que nós temos que brigar, de onde encontrar a solução para isso, mas o mais importante neste momento e a continuidade dos serviços e se faltarem centavos nós vamos dar um jeito de procurar buscar esse recurso desde que não seja recursos com fonte federal, pois realmente isso é proibido no entender do Ministério da Saúde".
Também à CBN, o promotor de defesa dos direitos da Saúde, Paulo Tavares, defendeu a proposta da prefeitura e falou que a partir de agora o município deve revisar todos os contratos para evitar que a situação aconteça novamente.
"O que se quer é que essa complementação continue, que estes plantões a distância sejam remunerados. O município pode até, e é fundamental que seja feito isso, aperfeiçoei esses contratos, verifique realmente através de uma auditoria eventuais falhas que estejam ocorrendo, há uma auditoria operativa do município que deve verificar se esses plantões efetivamente estão sendo dados. Isso faz parte das regras do jogo, o contratante tem que verificar se o contratado está cumprindo com o seu papel. Então a expectativa do Ministério Público é de que esse atendimento nos prontos socorros não seja interrompido, já que os usuários do SUS não podem ficar sem esse atendimento sob pena de nós vivermos um caos aqui na saúde e nós não queremos que isso ocorra absolutamente".
O superintendente da Santa Casa, Faad Hadad, disse acreditar que os médicos devem aceitar a proposta. Segundo ele, na Santa Casa a escala de plantonistas para domingo já está pronta.
"Ninguém está interessado em interromper o atendimento, porque está se chegando a esse ponto por má dificuldade. Todos nós vamos fazer um esforço para comunicar os colegas desse gesto do município para a solução do problema. E aqueles que estiverem escalados estarão a postos para manter o atendimento".
O posicionamento da classe médica deve sair na manhã deste sábado (31)(informações da rádio CBN)