A Prefeitura de Londrina suspendeu por tempo indeterminado a demolição da chaminé da antiga Indústria Mortari, situada no centro de Londrina. O imóvel do final dos anos 1930, que tem mais de 4 mil m², vai abrigar uma farmácia e algumas lojas.
Por ser privado e nunca ter sido tombado, a Secretaria de Cultura de Londrina afirma que a preservação dos traços históricos, como a chaminé e o portal, depende da sensibilidade do proprietário.
Com toda a estrutura já demolida, a única lembrança da serraria e cerâmica da Indústria Mortari que resta “em pé” é a chaminé, que teve parte do seu topo demolida durante a manhã desta segunda-feira (26). O trabalho foi interrompido pelo próprio prefeito Marcelo Belinati (PP), que esteve no local.
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Em post nas redes sociais ele escreveu que "ali está sendo construído um empreendimento comercial importante para o desenvolvimento da cidade. Mas nossa história precisa e deve ser preservada. A história e o futuro devem caminhar juntos, em harmonia”, pontuou.
No final do dia, a prefeitura emitiu nota explicando que "está solicitando ao investidor da área que preserve a chaminé que tem 90 anos e faz parte da história da cidade. Enquanto aguarda a decisão, a suspensão da demolição está mantida".
Diretora de Patrimônio Artístico e Histórico-Cultural da Secretaria de Cultura de Londrina, Solange Batigliana explica que a estrutura que fica entre a Rua Acre e a Avenida Jacob Bartolomeu Minatti, no centro da cidade, é remanescente de uma empresa fundada na década de 1930. No local, funcionava uma serraria e cerâmica pertencentes à família Mortari.
Em 2022, o proprietário atual fez um pedido de alvará de demolição para dar novo uso ao espaço. “Nós, da Secretaria [de Cultura], fizemos o contato no sentido de buscar a preservação tanto do portal quanto da chaminé”, explica.
Já no final do ano passado, o grupo de investidores responsável pela nova obra no local, que será uma farmácia, retomou o contato para dar sequência ao pedido.
“Eles falaram que não iria dar para fazer a preservação, mas que poderiam fazer no local um memorial”, aponta. Por ser uma propriedade privada, a responsabilidade pela preservação do imóvel é do proprietário. “Neste momento, o que a gente teria [que ter] é a sensibilidade de quem está adquirindo [o bem]”, explica.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: