O Movimento dos Artistas de Rua de Londrina (MARL) conseguiu a renovação por mais 30 dias para utilizar o espaço onde antigamente funcionava a União Londrinense dos Estudantes Secundaristas (ULES), ocupada desde o dia 27 de junho pela entidade cultural. A data não foi escolhida por acaso: relembra o triste episódio em que a atriz Luana Barbosa, de 25 anos, foi morta por um cabo da Polícia Militar em Presidente Prudente (SP) após um blitz de trânsito.
No início, a ocupação comandada pelo movimento gerou atritos com o agora ex-secretário municipal de Defesa Social, Rubens Guimarães, que disse ao Portal Bonde que iria registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil, já que a intenção da prefeitura, pelo menos na época, era demolir o imóvel para abrigar a central de monitoramento da Guarda Municipal. O projeto não evoluiu e o então prefeito Alexandre Kireeff (PSD) adotou um tom mais calmo para dialogar com os representantes do MARL.
O primeiro passo foi conquistar a cessão de uso temporária até dezembro. O movimento ganhou folego e tempo para organizar uma campanha de financiamento coletivo pela internet, iniciativa que resultou em mais de R$ 20 mil. Todo o dinheiro foi investido na construção de banheiros, adequações hidráulicas e elétricas e a instalação de apoios para o teto. "Com essa renovação, ganhamos mais prazo para discutir o direito permanente de ficar com o antigo prédio da ULES", disse um dos articuladores do movimento, Danilo Lagoeiro.
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O mesmo diálogo obtido com a gestão Kireeff deve ser mantido com Marcelo Belinati (PP), que tomou posse no último domingo (1º). Um dos primeiros atos administrativos do novo prefeito, por exemplo, foi a nomeação de Aldo Moraes como novo secretário de Cultura.