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Meio Ambiente

Queima de gás metano gera créditos de carbono a Londrina

Redação - Bonde
07 ago 2006 às 13:48

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A queima de gás metano reduziu em 21 vezes o nível de poluição da camada de ozônio - Divulgação
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Londrina conseguiu reduzir em 21 vezes o nível de poluição da camada de ozônio, graças à queima do gás metano (CH4), produzido pelo lixo depositado no Aterro Sanitário Municipal. Com a queima, o CH4 é transformado em CO2 (gás carbônico), reduzindo os níveis de poluição e gerando "créditos de carbono" que podem ser negociados em bolsa de valores, previstos pelo Protocolo de Kyoto.

O protocolo, assinado em 2001, prevê que os países ou municípios que adotam Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDLs) possam comercializar comodities (títulos) em bolsa de valores, vendendo-os como "créditos de carbono", medidos por toneladas de gás carbônico (CO2), aos países ou cidades que não conseguem reduzir seus níveis de poluição. Esses créditos, comprados por esses países ou municípios, possibilitam que eles possam se adequar aos níveis exigidos pelo Protocolo de Kyoto.

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Londrina já havia sido selecionada pelo Ministério das Cidades, em junho do ano passado, num grupo de apenas 30 cidades brasileiras, a maioria capitais, para desenvolver um projeto de aproveitamento do gás metano produzido no aterro sanitário. O objetivo do Ministério das Cidades é que o gás metano produzido nos aterros sanitários, dependendo do potencial, possa ser aproveitado na produção de energia (biogás).

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Segundo o engenheiro Ambiental, Elsone José Delavi, da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) de Londrina, responsável pela operação do aterro sanitário, a simples queima do gás metano, como é feita na cidade, já é suficiente para gerar "créditos de carbono".

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De acordo com ele, a queima está sendo feita em quatro drenos verticais do aterro sanitário, que são construídos com tela de aço, pedra brita e tubos de concreto de 400 milímetros, com cerca de 20 metros. Outros cinco drenos estão em construção no aterro sanitário e servem tanto para a eliminação do gás metano quanto para a separação do chorume, que é tratado nas lagoas construídas na área.


Delavi afirmou que aguarda a vinda à Londrina, nos próximos dias, de um auditor do Ministério das Cidades, para fazer a avaliação do potencial de geração de gás metano no aterro sanitário. Após essa avaliação do potencial, que poderá ser aproveitado em projetos de MDLs, é que o Ministério vai definir que projeto será desenvolvido em Londrina.


Também é aguardada para os próximos dias a vinda à cidade de um técnico da empresa britânica "Ecosecurity", que vai avaliar o potencial do aterro sanitário em "créditos de carbono". A empresa Ecosecurity é uma das maiores do mundo em comercialização de títulos de carbono e uma das pioneiras na América do Sul em atuar com implantação de MDLs.

Informações da Prefeitura de Londrina


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