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Fiscalização

Radar móvel já autuou 275 motoristas em Londrina

Mariana Guerin/Folha de Londrina
23 dez 2009 às 08:43

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Ave­ni­da Dez de De­zem­bro é a ‘­campe㒠da ve­lo­ci­da­de: mo­to­ris­ta foi fla­gra­do a 135 km/h - Marcos Zanutto/Equipe Folha
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Avenida Dez de Dezembro é a ‘campeã’ da velocidade: motorista foi flagrado a 135 km/h
Em um mês, o radar móvel da Companhia Municipal de Trânsito de Urbanização (CMTU) autuou 275 motoristas por excesso de velocidade durante blitze em três vias de Londrina. No total, 61 infrações foram consideradas médias, 202 graves e 12 gravíssimas, conforme resumiu o diretor de Trânsito da companhia, Sérgio Dalbem.

No balanço prévio da CMTU, a Avenida 10 de Dezembro (Centro), fiscalizada nos primeiros dias de operação, entre 23 de novembro e 9 de dezembro, registrou as maiores velocidades entre as vias. O motorista mais apressado foi flagrado a 135 km/h.

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Nos dias 14 e 15 de dezembro, a fiscalização abrangeu a Avenida Leste-Oeste (Centro) e no período foram somadas 57 autuações. Já nos dias 16 e 17 de dezembro foi a vez da Rua Serra dos Pirineus, no Jardim Bandeirantes, na Zona Oeste, ser fiscalizada pela equipe de sete funcionários, entre agentes da CMTU e policiais militares da Companhia de Trânsito (Ciatran). ''Neste local aconteceram até agora 31 autuações'', citou Dalbem.

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Ele explicou que cada infração média corresponde a trafegar numa velocidade 20% superior à permitida no trecho. Tal infração gera quatro pontos perdidos na carteira de habilitação e uma multa de R$ 85. Já na infração grave, quando a velocidade está 20% a 50% superior ao limite, o motorista perde cinco pontos na habilitação e paga multa de R$ 127.

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Para as infrações gravíssimas, quando a velocidade supera 50% do limite legal, a multa é de R$ 578, o condutor perde sete pontos na carteira e ainda pode ter a habilitação suspensa.


Dalbem lembrou que os motoristas foram avisados dos locais das blitze, ''até porque o objetivo é a mudança de comportamento'', mas que muitos deram desculpas como ''não vi o radar'', ''não sabia'', ''acho um abuso'' e '' isso é só para aumentar arrecadação'' para justificar a velocidade excessiva.

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''Está comprovado que diminuir a velocidade evita acidentes. Se o motorista dirigir em velocidade moderada, pode frear ou até manobrar o veículo a tempo de evitar uma colisão ou o acidente será de pequena monta, provocando apenas danos materiais'', ressaltou o diretor da CMTU, informando que a velocidade média recomendada para trafegar na cidade sem perigo é 50 km/h.


Para ele, os motoristas precisam ser educados a se comportar de maneira diferenciada em áreas urbanas e estradas, ''principalmente porque na cidade existem pessoas e outros veículos por todos os lados''. Ele assinalou que a compra de um radar próprio para o município já foi incluída no orçamento do próximo ano.

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Críticas


Apesar dos argumentos do diretor, não são todas as pessoas que concordam com as multas. Na Avenida Leste-Oeste, motoristas criticaram a iniciativa. ''É uma palhaçada ficar multando numa avenida de alta velocidade. Estão se concentrando aqui e deixando de fiscalizar em outros pontos mais críticos'', reclamou a dona de casa Marisa de Souza.


O auxiliar administrativo Natanael Augusto da Silva até concorda com a multa, mas reivindica mais investimentos. ''O pessoal abusa muita da velocidade e não tem consciência. O problema é que multam e não usam o dinheiro em melhorias. Olha a condição dessa rua.''

Já do outro lado da cidade, na Avenida 10 de Dezembro, onde em determinado trecho o limite não passa de 70 Km/h, o descontentamento das pessoas entrevistadas é unânime. ''Não há motivo para ter uma velocidade tão baixa nesse trecho. Quase não há semáforos e nem pedestres'', diz o técnico contábil Augusto Moreira. O motorista Vanderson dos Santos Ferreira também acha que na avenida o limite de velocidade não deveria ser baixo. ''Por que então se chama via expressa?'' (Colaborou Marian Trigueiros)


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