O relatório da Vigilância Sanitária elaborado após a vistoria realizada na última sexta-feira na carceragem do 2º Distrito Policial (DP) foi entregue ontem ao Ministério Público (MP). De acordo com a diretora do órgão, Denise Nunes, foi constatado risco sanitário de proliferação de doenças não só para os detentos, mas também para os trabalhadores e visitantes.
''Há várias infiltrações, falta higiene, iluminação, ventilação. Copo de água tem uso coletivo, no reservatório de água não é feita limpeza'', enumerou, entre outros pontos.
De acordo com ela, o problema principal é a superlotação. Segundo o delegado Cássio Wrozek, mesmo com a transferência de cinco detentos ontem para a Penitenciária Estadual de Londrina (PEL) II, ainda havia 355 presos no local, que tem capacidade para 122.
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O promotor Paulo Tavares, de Defesa da Saúde Pública, recebeu ontem a informação de que 24 presos do 2º DP são condenados. O dado foi levantado por assessores da Defensoria Pública.
Segundo Tavares, uma reunião com vários integrantes de entidades que participaram da vistoria no 2º DP, na última sexta-feira, como Centro de Direitos Humanos (CDH), Conselho da Comunidade, Direitos Humanos da OAB, entre outros, será realizada hoje.
''Vamos elaborar um documento e encaminhar para autoridades competentes como o secretário de segurança, Vara de Execuções Penais'', disse. Conforme o promotor, o documento é uma solicitação para melhorar a condição do 2º DP, o qual já foi interditado para que mantenha no máximo 188 detentos. Segundo Tavares, esse será um dos pontos do documento, para que a decisão de interdição seja respeitada. (com informações do repórter Davi Baldussi, da Folha de Londrina)